Primeiro projeto de vereador é contra os blogs da cidade

Requerimento

Ainda não foi protocolizado, mas ficou pronto o primeiro projeto de lei do vereador Homero Marchese (PV), conhecido como vereador do MBL.

Sua ideia era emplacar o projeto em regime de urgência especial, para ser votado na sessão de hoje, mas não conseguiu apoio de seus pares, dada a inconstitucionalidade latejante da proposta.
Como se vê acima, o primeiro projeto de lei ordinária do vereador mais votado de Maringá em 2016 atendia sua rixa com os blogueiros da cidade: tenta impedir que recursos públicos para publicidade institucional (promocional pode?) sejam repassados “a veículos de comunicação que promovam perseguição política ou de outra ordem, violem a regra constitucional da proibição ao anonimato e desrespeitem os princípios de jornalismo”. O projeto iguala-se, em atentado à liberdade de expressão, à tentativa petista de controle da mídia.
O projeto não deve ser levado a sério e, em situação normal, não passaria pela Comissão de Constituição e Justiça, que por sinal ele preside.
Nesta toada de dono do mundo, usando a estrutura pública para atender birras pessoais, ele certamente não pensou em fazer projeto proibindo que vereador que persegue blogueiros fique sem receber vencimentos.
Só falta ao vereador, desesperado para aparecer e fazer sua pré-campanha para 2018, com apoio do Partido Verde de Maringá, protocolizar como segundo projeto de seu mandato a proposta para que o Google deixe de pagar blogs que veiculem seus anúncios. Teria aumentado seu descrédito junto aos que aguardavam boa coisa de seu mandato, mas, em compensação, ganharia a mídia internacional o rapaz.
Como registrou o Maringá Manchete, a continuar com esse perfil, o vereador “será remanejado de nosso espaço de matérias políticas para a seção de humor”.

Advertisement
Advertisement