Adaptar-se para não perecer

Jornal

Por Luiz Carlos Rizzo:

Os jornais impressos perderam, de forma definitiva, a batalha para a informação “real time” (instantânea) veiculada pela internet. Os impressos teimaram em ser factuais (registro do fato) e não encaixaram uma nova fórmula – informações de bastidores, análises, aumento de credibilidade, etc.

Exemplo prático: um evento de grande, fortíssima repercussão que acontecer em Maringá num sábado, depois das 16 horas, somente será veiculado na edição de terça-feira dos jornais locais. Ou seja, três dias depois. Enquanto isto, os informativos on-line irão registrar o mesmo evento na hora em que acontecer. Ou seja, de forma simultânea. E com fotos e vídeos (às vezes, ao vivo).
Além da velocidade de tartaruga, os impressos enfrentam também o problema da falta de credibilidade, esquemas com grupos políticos ou empresariais locais ou regionais, etc.
Os impressos tradicionais – Gazeta do Povo, Folha de Londrina, O Diário do Norte do Paraná, para ficar em exemplos mais próximos – já direcionam mais investimentos para suas plataformas digitais sabendo que a versão impressa está na UTI. E sem chance de sair dela. Ou priorizam as plataformas digitais ou vão desaparecer bem antes.
É a dinâmica da História. Cabe a cada um adaptar-se aos novos tempos, inclusive aos considerados mais fortes e (pretensamente) “imbatíveis”. Se não tiverem essa consciência de adaptabilidade, terão o mesmo destino dos dinossauros, que não souberam se adequar à evolução e dinâmica dos acontecimentos: desapareceram.
Que a lenta agonia dos jornais impressos nos deixe uma lição prática de vida: ou nos adaptamos à dinâmica da vida ou viramos pó. Que saibamos sair da nociva zona de conforto para seguirmos adiante. E, com esforço, metas, estratégias inteligentes e perseverança, de forma vitoriosa.
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(*) O autor é jornalista, cronista e historiador

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