A delação de Sacha Reck

sacha reck

De Cícero Cattani:

Por conter citações de entes públicos com prerrogativa de foro, a delação do advogado Sacha Reck na Operação Riquixá, – à qual o blog teve acesso – que desvendou a máfia do transporte coletivo que age em Curitiba e cidades do interior, inclusive em outros estados, foi parar na Procuradoria Geral da República.

A delação atinge figuras notáveis do grupo de Beto Richa , e ele próprio como ex-prefeito.
São citados como participantes ativos da licitação do transporte coletivo de Curitiba, o hoje desembargador Ramon Nogueira, na época advogado eleitoral de Richa, Ivan Bonilha, conselheiro do Tribunal de Contas, ex-procurador Geral da Prefeitura e ex-coordenador jurídico das campanhas do governador, Deonilson Roldo, atual chefe de Gabinete e influente desde os tempos da prefeitura, além de diretores da Urbs.
Roldo aparece, inclusive, participando de encontro decisivo de empresários do setor, no apartamento do deputado federal Osmar Bertoldi, também dono de empresa de ônibus.
As investigações, iniciadas em 2013, indicam que integrantes de empresa de engenharia especializada em transporte coletivo, advogados e representantes de empresas de ônibus formam o grupo criminoso, que utiliza “laranjas” e formações societárias complexas para ocultar a existência do grupo econômico.
De acordo com o Gaeco, indícios apontam que a organização criminosa age pelo menos desde 2009, cooptando agentes públicos para a prática dos crimes. Com a participação dessas pessoas, o grupo obtém meios de remunerar ilicitamente, com dinheiro público, a organização das fraudes concorrenciais, contratando componentes do grupo criminoso para prestar assessorias simuladas ou substituir comissões de licitação.
Um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) aponta que foram encontrados indícios de formação de cartel na licitação do transporte coletivo, assinada por Richa no final de mandato. Segundo documento, foram encontrados indícios de formação de cartel no processo. m uma auditoria feita no sistema de transporte, concluiu que apenas uma família – Gulin – detém 70% de todas as ações do serviço na região.
PS – Para quem não ligou o rosto ao nome: Sacha Reck é com quem o ex-prefeito Silvio Barros II foi flagrado trocando e-mail durante o processo de licitação do transporte coletivo de Maringá, o que se caracteriza deveras falta de, hum-hum, cuidado.

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