O último capítulo?

Jean-Homero

Não se espantem se não sessão de hoje da Câmara de Maringá, a ser realizada no distrito de Iguatemi, os vereadores Jean Marques e Homero Marchese – que trocaram acusações há exatamente uma semana da tribuna do Legislativo – chegarem ao local de mãos dadas.
Poderia não ser o último capítulo, mas seria um final digno do dramalhão verde-mexicano. Ficou ruim para quem teve a honra atacada, mas isso é outra história.

O presidente Mário Hossokawa, que poderia ser padrinho do novo casal, trabalhou pela re-união dos vereadores do Partido Verde por alguns motivos, dentre eles por ter percebido que o episódio estava afetando todo o Legislativo e, principalmente, porque a Câmara de Maringá teria grande dificuldade para tocar duas CPIs, três comissões de estudo e, eventualmente, duas comissões processantes como Marques e Marchese queriam.
Hossokawa conversou primeiro com Marchese, com quem ele próprio já teve duas trombadas (uma delas, literalmente), e depois com Jean, que foi tomado de surpresa no final da sexta-feira ao saber que seu colega de bancada já tinha feito o pedido de cassação de seu mandato sob uma alegação que até agora teve gente que não conseguiu entender. Sentaram-se os três e selaram a paz, com pedido de desculpas de Marchese. Não chegaram a se dar as mãos, mas encaminharam para o fim do divórcio da bancada: eles deverão permanecer juntos, lado a lado, nas sessões legislativas.
O vereador Sidnei Telles – que também foi alvo de Marchese em troca de mensagens eletrônicas – funcionou como testemunha.
Depois de firmada a paz, sobrou para a administração PDT-PV: Marchese disse a um interlocutor que a imprensa maringaense deveria ter investigado o real motivo que levou seu ex-desafeto a pedir para deixar a função de líder do governo. Por pelo menos três vezes ele referiu-se à renúncia, da tribuna na semana passada, chegando a afirmar que o líder defendeu fraude por causa do vale-alimentação.
O armistício beneficiou indiretamente o prefeito Ulisses Maia, que agora não precisará aceitar o cargo de líder do prefeito que Marques colocou à disposição, na semana passada. Ajuda também o Partido Verde a não tomar nenhum tipo de providência contra ninguém, mantendo a fama de partido tucano, em cima do muro até em relação a seus representantes, incluindo os que mentem da tribuna.
Nos bastidores, porém, a aposta é: qual será a próxima briga do vereador do Partido Verde?

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