Indígenas irão para casa de passagem, confirma a Sasc

Acampamento

Os índios caingangue acampados às margens da avenida Horácio Racanello, entre a Pedro Taques e o terminal rodoviário, serão realocados pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania em espaço com a necessária infraestrutura localizado no Parque Residencial Aeroporto. O grupo é formado por cerca de 40 pessoas, entre elas muitas crianças.

O secretário de Assistência Social, Ederlei Alkamin, explica que o deslocamento de grupos indígenas para cidades da região, com Maringá entre elas, é fenômeno que se perpetua há anos. “Esses grupos saem de suas reservas para comercializar artesanato e se distribuem pela cidade. Às vezes se concentram em determinado local antes de retornarem às suas aldeias”, explica.
Geralmente, os índios que chegam à cidade são oriundos da aldeia caingangue de Manoel Ribas, localizada a 160 km de Maringá, formada por cerca de 2 mil índios, entre eles 700 crianças. Os caigangues formam o maior grupo étnico indígena do Paraná, seguido pelos guaranis e xetás. Vivem em duas dezenas de áreas demarcadas espalhadas pelo estado e ainda padecem de uma política de proteção adequada.
“Precisamos dar dignidade a essas pessoas”, resume o secretário Ederlei Alkamin, lembrando que pactuou com os líderes indígenas dos acampados o deslocamento para uma área da prefeitura. “Estivemos com eles no local e aprovaram a estrutura”, disse. A Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) finaliza algumas na área para garantir segurança e conforto aos índios e a transferência deve ocorrer até final de semana.
Alkamin explica que o local será convertido numa ′casa de passagem′, ou seja, estrutura com condições adequadas para que os indígenas para que possam se abrigam quando estiverem em Maringá. O projeto está em fase de desenvolvimento. “No momento estamos adequando um espaço para transferir as famílias e tirá-las das condições precárias em que estão no momento”, explica o secretário. (Foto Cary Bertazzoni)

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