A arte de encantar o cliente

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Por José Luiz Boromelo:

A primeira impressão é a que fica. Se essa afirmação representar a realidade, certamente muita gente que atua no comércio em geral deveria analisar com frequência sua postura, pela necessidade diária de cativar o cliente. A aptidão em conquistar o consumidor está intrinsecamente ligada ao empenho e à dedicação de cada indivíduo, mas a persistência e a prática constante de boas maneiras levam ao aperfeiçoamento de procedimentos, indispensáveis para quem se relaciona com diferentes personalidades.

Algumas palavras mágicas têm o poder de abrir as portas para a vida e para o sucesso profissional, como o emprego de um singelo “bom dia, por favor, obrigado”. Não economizar na vontade de bem atender com um sorriso acolhedor, já é meio caminho andado para angariar a atenção e a simpatia do cliente, ainda mais em tempos de dificuldades econômicas. Isso definitivamente não inclui aquele acompanhamento grudento e ostensivo. É preciso respeitar a individualidade e a liberdade dos mais tímidos e dos indecisos que, no fim do mês, garantem o salário do empregado e a margem de lucro do patrão.
Por outro lado, não é recomendável exibir aquele sorriso artificial o tempo todo. Por mais solícito que se possa parecer, o que estabelece o convencimento para a compra é o conjunto da obra, ou seja, a disponibilidade do produto desejado, o preço correspondente com a capacidade de pagamento e principalmente, o bom atendimento. Ocorre que isso não é uma regra, uma vez que as pessoas tendem a retornar aos estabelecimentos onde a atenção dispensada correspondeu ou superou suas expectativas iniciais. Contemplar, de uma só vez, os requisitos básicos necessários para a efetivação da venda, requer a interação positiva entre as partes envolvidas. A espontaneidade e a desenvoltura são atributos que possibilitam identificar com precisão a necessidade do cliente, mesmo se porventura aquele item procurado estiver em falta no estoque. É aí que entra aquele algo mais, como o olho no olho. O consumidor precisa se sentir prestigiado, mas sem ser bajulado. Nesse caso, a qualidade e o preço final não são fatores determinantes para a efetivação do negócio. A fidelização do comprador transcende os limites da impessoalidade. Requer certa dose de confiança mútua, sentimento que naturalmente atrai e aglutina as pessoas. Não é possível encantar o cliente somente com promoções e divulgações em carros de som e na mídia em geral. O ciclo se fecha com a junção de todos os elementos, indispensáveis para a longevidade de qualquer empresa.
Finalmente, para se alcançar o sucesso na vida, em qualquer segmento da sociedade, é preciso saber fazer a diferença. É carregar consigo o discernimento e a humildade suficientes para inserir no cotidiano profissional, formas inteligentes de aperfeiçoamento no atendimento ao público. Principalmente em épocas de concorrência acirrada, dificuldades econômicas e crédito restrito. Naqueles momentos em que a criatividade fala mais alto, ali estarão presentes as melhores oportunidades. Portanto, demonstrar serenidade, simpatia e bom humor são as formas mais simples e eficientes de se levar a vida, no trabalho ou no lazer. Então, mãos à obra. Sorria…
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José Luiz Boromelo, escritor e cronista em Marialva/PR.
strokim@bol.com.br

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