Mandaguari na rota
da Operação Hicsos II

Operação Hicsos II

Nenhum dos portais de notícias de Mandaguari deu a informação, mas a força tarefa integrada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar de Goiás, com apoio do Ministério Público de Goiás, chegou àquela cidade hoje, ao deflagrar a Operação Hicsos II, que teve como objetivo interromper as ações criminosas de grupo de empresários e agentes políticos que davam suporte financeiro ao roubo de cargas em diversas cidades do Brasil. Mandaguari foi a única do Paraná arrolada na operação.

Segundo a PF, aproximadamente 450 policiais cumpriramm 91 mandados judiciais, dentre eles 40 mandados de prisão em cidades dos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.
As ações de investigação desenvolvidas na Operação Hicsos I permitiram aos investigadores identificar os financiadores do crime de receptação. As informações coletadas levaram a empresários do ramo do comércio e até a agentes políticos.
Uma vereadora suplente também teve mandado de prisão expedido, acusada de lavar dinheiro para integrantes da organização criminosa. Os policiais identificaram seu envolvimento com o grupo de roubo a cargas por intermédio de seu marido, preso na primeira fase da operação.
O esquema criminoso teria movimentado, até o momento, cerca de R$ 30 milhões. Durante as investigações, os policiais já haviam prendido 30 pessoas, retirado de circulação 15 armas de fogo, apreendido 15 veículos roubados e recuperado mais de R$ 500 mil reais em cargas roubadas.
Um dos integrantes do grupo se encontra foragido. Os policiais suspeitam que ele esteja na Inglaterra e vão solicitar apoio às autoridades daquele país e à Interpol para realizar a sua prisão.
Os envolvidos responderão pelos crimes de roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.
Na primeira fase da operação, pelo menos 104 envolvidos foram presos pelo envolvimento com roubos de carga. Os criminosos abordavam veículos em rodovias de todo o país, utilizando-se de falsas barreiras.
O grupo avaliava a carga de cada caminhão parado e, quando se deparava com uma de alto valor, anunciava o assalto. Além disso, para facilitar a ação, os criminosos utilizavam equipamentos de alta tecnologia com o intuito de evitar o rastreamento do veículo.
Além de Mandaguari, foram cumpridos mandados em Itajaí (SC), Araguari (MG), Ponte do Araguaia (MT), Brasília (DF), Piracanjuba , Luiziânia, Guapó, Anápolis e Goiânia (GO).

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