Conselheiros do Conselho Nacional de Justiça, que estão em Curitiba investigando denúncias contra desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná, vão pedir apoio da Polícia Federal para ajudar a levantar o crescimento patrimonial dos envolvidos. A possível existência de nepotismo, a baixa produtividade do TJ-PR, a existência de grupos que se beneficiam do atraso no julgamento de processos estão entre os assuntos a serem investigados por sindicância. Comprovadas as irregularidades, os casos serão levados ao CNJ. De acordo com o ministro corregedor do CNJ, Francisco Falcão, durante entrevista coletiva há pouco em Curitiba, “não é possível que um tribunal como o do Paraná tenha um handcap tenha um índice tão ruim, a ponto de ser considerado um dos piores tribunais do país”. Falcão também criticou a falta de transparência, como a não publicação dos vencimentos dos servidores no site do TJ-PR, e, sem citar propriamente o caso do presidente Clayton Camargo com um jornalista da Gazeta do Povo, lamentou o fato de desembargadores evitarem dar declarações à imprensa. “Todos nós hoje, autoridades, temos que prestar contas à população e à imprensa, que tem sido parceria na apuração de denúncias”, comentou. “Temos desembargadores demais e pouco trabalho”, afirmou, defendendo investimento na primeira instância.