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Moro aprovou jornalistas do Roda Viva

De Leandro Demori, do The Intercept Brasil, em sua newsletter:

Sergio Moro estará no Roda Viva na próxima segunda. Ele aprovou os nomes dos jornalistas que estarão na bancada para entrevistá-lo, nós confirmamos com fontes. Não me espanta: Moro não sentaria em um canal ao vivo por duas horas sem saber quem estaria na sua frente. Ele, assim como Bolsonaro, vê parte da imprensa como inimiga. Logo ele, que tanto usou a imprensa para seu projeto de poder. Pra Moro, jornalista só serve se escreve notícias de joelhos.

Imagine o ex-juiz chegar lá e dar de cara com um dos dezenas de jornalistas que trabalharam e trabalham nos arquivos da Vaza Jato? Nessa hora não dá nem tempo de chamar o Deltan. Moro se preveniu.

Na semana que acaba hoje, o programa foi forçado a se manifestar sobre a ausência do TIB na bancada – o público levou ao topo do Twitter a tag #InterceptNoRodaViva. Eu compreenderia um veto de Moro aos nossos nomes, mas o programa negou a interferência editorial do ministro: “Não pedimos sugestões nem submetemos a bancada ao entrevistado.” Então se não pedem sugestões e nem submetem a lista aos convidados, a formação da bancada sem nenhum dos vários jornalistas de vários veículos que participaram da Vaza Jato foi escolha deliberada do programa. Nessa versão dos fatos, Moro tem tanta confiança de que não precisará nos encarar que sequer precisa conhecer a lista. Vocês decidam o que é pior.

A campanha #InterceptNoRodaViva incomodou algumas pessoas. O Marcelo Tas (lembram dele?) mais uma vez atacou nossos jornalistas. Ele já tinha metido os pés pelas mãos antes. Com 9,5 milhões de seguidores e engajamento pífio digno de 9,5 milhões de robôs, Tas usa o TIB pra ter relevância no Twitter de tempos em tempos. Eu fico feliz que o TIB ajude o Marcelo Tas a ter relevância no Twitter uma vez por trimestre. Assim ele pode vender mais cursos sobre como ser relevante no Twitter. Geramos empregos! Vamos em frente!

O jornalista Pedro Doria entrou na onda: retuitou sem checar o ex-apresentador, e comentou: “Estou tentando lembrar quando foi a última vez que um veículo exigiu participar e moveu uma campanha para isso. E não consigo lembrar.” Pedro: você não consegue lembrar porque nunca existiu. A campanha partiu do público. Uma hora te mostro como pesquisar no Twitter (é fácil, prometo).

Os dois são exemplos de pessoas que não suportam que exista crítica de mídia no Brasil, porque eventualmente ela atingirá amigos e até a eles próprios (imagina se trabalhassem aqui no TIB, um dos veículos mais criticados do país…).

Na Itália, onde morei, é comum, até porque parte importante da TV é pública por lá (ei: a TV Cultura é pública também). Nos EUA nem se fala. Imaginem um programa onde o entrevistado fosse o já falecido Richard Nixon. Quem não gostaria de ver na bancada Bob Woodward e Carl Bernstein, jornalistas do caso Watergate, que derrubou Nixon? Quem se incomodaria em ver o público pedindo a participação dos dois? No Brasil, tem gente que sim.

Mas já que o público pediu que um site fosse convidado pela TV pública para questionar um personagem público sobre temas de interesse público e não foi atendido, então vamos lá: na segunda-feira, no mesmo horário do Roda Viva (22h30), nós estaremos ao vivo no nosso canal do youtube.

Assine agora e ative o sininho pra não perder.

Vamos, basicamente, assistir ao programa com vocês, como vizinhos vendo TV na calçada. Mais ou menos como o Bolsonaro assistindo ao Trump, mas sem babar de amor. Esperamos vocês!

Midia

Dom Anuar e a greve em O Diário

Em artigo publicado hoje, em O Diário, o arcebispo de Maringá, dom Anuar Battisti, comentou sobre a visita que recebeu de jornalistas em greve do próprio jornal. Repetiu, com acréscimo, trecho do que publicou ontem em seu Facebook, que o jornal que tem uma ligação muito bonita e histórica com a nossa cidade de Maringá e também com a Igreja.Continue lendo ›

Midia

Entidades divulgam nota de apoio a jornalistas de Maringá ofendidos por vereador do PV e do MBL

Em nota divulgada nesta noite, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) tornaram público o apoio e solidariedade aos jornalistas Pauline Almeida e Luiz Fernando Cardoso, de O Diário do Norte do Paraná, os mais recentes alvos do vereador Homero Marchese, do Partido Verde. O vereador, ligado ao MBL, já brigou com praticamente todos os veículos de comunicação e comunicadores de Maringá, por não admitir ser criticado. Confira a nota:Continue lendo ›

Midia

Tempos de mudança

assédio moral

Mudança no Departamento de Marketing e Comunicação do Centro Universitário Unicesumar, de Maringá. A jornalista Valdete São José, da assessoria de imprensa, que já comandou a seccional do Sindicato dos Jornalistas, deixou a instituição.
Carlos Emori e Ana Paula Ribeiro estão na assessoria.Continue lendo ›

Geral

Proposta patronal é aceita

Jornalistas

Foi encerrada ontem a rodada de assembleias do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná com a votação da base em Maringá. Os jornalistas rejeitaram a proposta patronal de repasse apenas do INPC/IBGE de 8,34% de reajuste, sem alteração de nenhum outro ponto da antiga convenção coletiva de trabalho.
Somando com os votos de Londrina foram 20 contrários, seis favoráveis e uma abstenção. A rejeição à proposta patronal tem base principalmente na falta de diálogo dos empresários com os jornalistas. Continue lendo ›

Blog

Assembleia

Nesta terça-feira às 19h30 a seccional Maringá do Sindicato dos Jornalistas realiza assembleia, na PUC PR (avenida Duque de Caxias, 1.020, sala 104). A assembleia é para debater a pauta salarial.

Geral

Campanha salarial

Amanhã às 19h30 acontecerá assembleia para debater as propostas da campanha salarial 2015/2016 do Sindicato dos Jornalistas em Maringá. Será no Sinteemar, à rua Itamar Orlando Soares, 357, Jardim Universitário.

Midia

A mudança na vida de jornalistas pós-represálias

O que pode acontecer na vida de um jornalista que sofre represálias? Como ele encara a profissão após ser ameaçado? Como fica o psicológico de quem passa por situações de extremo medo? Com histórico que reúne, pelo menos, 16 homicídios, sete tentativas de assassinato, 24 ameaças de morte, 2 sequestros, 41 agressões físicas e inúmeros processos judiciais, o ano de 2012, certamente, não foi um dos mais tranquilos para os profissionais de imprensa. Diante de tantos casos graves, que foram noticiados e esquecidos, o site Comunique-se foi em busca de três histórias que completaram ou vão completar um ano nos próximos meses. Mauri König, da Gazeta do Povo; Leniza Krauss, da Rede Record; e Monize Taniguti, de O Jornal, em Guaíra (SP), mostram os reflexos das ameaças na vida dos profissionais. Leia mais.

Akino

Peço desculpas…

…aos jornalistas de O Diário, Clóvis Clovis Augusto Melo e Alan Maschio, que se sentiram ofendidos com comentário que fiz sobre a entrevista com o presidente, ou dono da Avio, sr. Fiocco. Não tenho conhecimento que de nada que desabone a conduta dos referidos profissionais e talvez tenha me expressado mal. Acredito piamente que os jornalistas não se submeteriam a influências externas e interesses pouco republicanos, que como sabemos estão, quase sempre, nos grandes negócios que envolvem propostas de instalação de empresas, como aquela que queimaria o lixo e foi ardorosamente defendida por ex-jornalistas, hoje do governo municipal.
Akino Maringá, colaborador

Midia

A revoada dos passaralhos

passaralho
Reportagem de Camila Rodrigues, Bruno Fonseca, Luiza Bodenmüller e Natalia Viana no site Publica enfatiza que demissões em massa nos grandes jornais acontecem de forma sucessiva e tornam os jornalistas mais inseguros, vulneráveis, explorados – e com menor liberdade de expressão. Os chamados grandes jornais estão diminuindo nas bancas, mas e também principalmente dentro de suas sedes. Leia mais. Ilustração Dany Peres.

Midia

Entre os piores para jornalistas

De Natália Mazotte:
Uma pesquisa realizada pelo International News Safety Institute (INSI) colocou o Brasil entre os cinco piores países para jornalistas no primeiro semestre deste ano, ao lado de Nigéria, Somália, Indonésia e México, informou a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) na semana passsada. Até junho, pelo menos 70 jornalistas e outros profissionais de mídia morreram no mundo todo em virtude de seu trabalho, 14 a mais do que nos primeiros seis meses de 2011. Leia mais.

Geral

Afronta à categoria

A Universidade Estadual de Maringá divulgou na semana passada o resultado do teste seletivo para contratação temporária de dois jornalistas. Carlos Henrique Braga Marques e Felipe Teixeira de Oliveira foram os que mais pontuaram. O edital é uma afronta à categoria, pois estabelece carga de 40 horas semanais, embora a carga horária, reconhecida no TST, seja de 5 horas diárias.

Opinião

O Brasil dos intocáveis

De Nirlando Beirão:
Há duas categorias no Brasil acima de qualquer lei: a dos juízes e a dos jornalistas. Podem tudo – e para vigiá-los a sociedade não pode nada. É fácil acusar os outros poderes das mais diversas falcatruas. É fácil, e é importante. Legislativo e Executivo são diariamente escrutinados pelo faro de repórteres ávidos por uma denúncia. Colunistas propagam, sem provas, as mais clamorosas injúrias. Quando flagrados na má fé, argumentam que são os donos da verdade.

Mas quando se trata de esclarecer malfeitos praticados pelos juízes (corrupção ativa e passiva, mesmo nas mais altas esferas da Magistratura) ou pelos jornalistas (calúnias infundadas, fuzilaria moral, desinformação propositada), aí é um Deus nos acuda. Na íntegra.