Incêndio: grupo pede saída de Jubin

Na semana passada, algumas pessoas visitaram a sede do 5º Grupamento de Bombeiros, em Maringá, com uma intenção nada samaritana. A preocupação da caravana não era a de apagar nenhum incêndio. Mas, colocar mais lenha na fogueira, pedindo a transferência de José Cleiton Jubin, para outra cidade. Para quem não sabe, Jubin é membro daquela corporação militar e também presidente do Conselho Municipal de Saúde de Paiçandu, que juntamente com os demais conselheiros vêm denunciando as mazelas do setor. E, sem conseguir o intento, os nobres visitantes ouviram ainda que muito mais deve ser feito em prol de uma cidade.
Essa historinha, nada fictícia, me fez lembrar de uma entrevista com psicólogo social Adam Galinsky, na revista Época. Questionado se o poder corrompe, ele disparou: “Sim, corrompe. Basicamente, apesar de o poder deixar as pessoas no centro das atenções (…), os poderosos se sentem psicologicamente invisíveis. E, por causa dessa sensação de invisibilidade, eles se permitem agir de maneiras imorais, ao passo que outras pessoas não agiriam assim por medo de punição. É como se ficassem à vontade para preencher suas mais íntimas necessidades. Uma das comparações de que gosto de fazer é a história do Senhor dos Anéis. No momento que ele põe o anel, fica invisível e age mal. O poder é esse anel”.

Advertisement
Advertisement