Exposição Nacional da Raça Angus 2012 pode ser aqui

A Sociedade Rural de Maringá oficializou a candidatura para sediar a Exposição Nacional da Raça Angus em 2012. O anúncio foi feito neste sábado durante o julgamento da mostra dos animais expostos na 39ª Expoingá. “Essa é apenas uma das novidades que preparamos para comemorar os quarenta anos do nosso evento”, destaca Maria Iraclézia de Araújo, presidente da entidade. Na mostra deste ano, Dádiva do Rio da Paz foi considerada a Grande Campeã da raça. A fêmea, de 28 meses, é de propriedade de Antônio Zancanaro, de Cascavel. A Reservada Grande Campeã foi EPV Ponderosa, de José Filippon, de Guaraniaçu. Entre os machos, o Grande Campeão foi Reconquista. O touro de vinte meses é de propriedade de José Paulo Dornelles Cairoli, de Alegrete (RS). O Reservado Grande Campeão foi Feliz, de Rogério Francisco Stein, de Nova Laranjeiras.

Para o diretor de Pecuária da SRM, Jucival Pereira de Sá, a mostra de Angus dentro da 39ª Expoingá atingiu os objetivos. “O padrão dos animais foi de excelente qualidade. Os expositores e criadores selecionaram o plantel. A presença de técnicos da Associação Brasileira também foi importante para avaliar a estrutura do Parque de Exposições. Tudo foi pensado para nos credenciar à candidatura da Nacional”, ressalta.
O zootecnista Tito Mondadori, que acompanhou o julgamento da Expoingá, concorda com a análise de Jucival. Ele elogiou a mostra e apontou algumas das principais características da raça presentes nos animais expostos. “O porte, o equilíbrio entre dianteiro e posterior, o potencial reprodutor foram muito bem avaliados pelo juiz de pista. O plantel apresentado demonstra a preocupação dos criadores em produzir o melhor que a raça pode oferecer ao mercado”, acrescenta.
Considerado uma das principais autoridades da raça, Mondadori explica porque o Angus tem sido recordista na venda de sêmen no Brasil. “A raça é a que tem apresentado melhor adaptação ao cruzamento industrial com os zebuínos, por causa do porte médio, do teor de gordura entre as fibras musculares, que proporciona mais sabor, e da precocidade, que oferece mais maciez à carne”. Outro atrativo é um projeto desenvolvido por alguns frigoríficos que possibilitam um ganho maior na hora de o pecuarista vender os animais fruto do cruzamento zebuíno, normalmente o Nelore, com o Angus. Em algumas situações, é possível receber 15 reais a mais por arroba. “Evidente, que para chegar neste patamar é preciso investimento do empresário rural. Mas o custo-benefício é altamente compensador”. Na opinião do especialista, em cinco ou seis anos o Brasil será um dos principais produtores de carne de qualidade do planeta. Com a vantagem adicional de que a produção será voltada para o mercado interno. “Temos um dos maiores potencial de consumo do mundo e o paladar do brasileiro começa a exigir produtos de qualidade”, afirma. Para ele, é preciso envolver toda a cadeia produtiva. Mondadori também comenta que o grande salto qualitativo será dado quando a pecuária bovina seguir os passos dos segmentos de produção de carne de frango e de porco. “São modelos de eficiência e produtividade, que podem perfeitamente serem adaptados para o nosso setor”, conclui.

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