Por que eles temem a luz?

Confira o novo texto do professor e escritor Luiz Alexandre Solano Rossi para a campanha contra os generosos vereadores que legislam em causa própria:
Vergonhômetro Maringá
A narrativa da vida política da maioria dos nossos vereadores é vivida sob a égide da escuridão. O escuro é o habitat preferencial de cada um deles. O manto da escuridão se apresenta como se fosse uma segunda pele e, dessa forma, eles se mimetizam em noite e a noite neles. Qual seria um e qual seria outro? Ali eles vivem como se estivessem em sua própria casa. Seus olhos se acostumaram de tal maneira nesse ambiente que eles conseguem enxergar melhor na mais sombria escuridão do que nós à luz do dia. Acostumados que estão à escuridão eles vêem a luz como se fosse a mais mortal inimiga. E, por isso, temem. Temem a luz porque ela é capaz de iluminar os recônditos que desejam esconder. Temem que a incidência da luz deixe a descoberto as mãos cheias de injustiça que a noite esconde. Não podemos negar que eles possuem um raciocínio lógico: afastam-se de qualquer facho de luz porque quanto mais luz incidisse sobre eles, mais eles e todos os outros poderiam enxergar a sujeira em que se encontram. Assim, para que a luz se a presença dela manifesta de maneira imediata aquilo que eles desejam esconder? Porque eles desejariam ser transparentes se a transparência é filha da luz e inimiga mortal de cada um deles? Muito possivelmente para tais “políticos” a narrativa mítica da criação registrada no livro do Gênesis teria somente uma única oração: “E Deus fez a noite”. E, para aqueles que são fãs inveterados de Star Wars, poderia dizer que eles foram seduzidos e subjugados pelo lado escuro da força.
Luiz Alexandre Solano Rossi

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