Beto Richa teria tratado da volta do Serlopar com consultor de Cachoeira

O governador Beto Richa (PSDB) foi citado numa das conversas telefônicas, interceptadas pela Polícia Federal, entre Adriano Aprígio de Souza, cunhado e um dos laranjas do bicheiro Carlinhos Cachoeira (foto), e o argentino Roberto Coppola, consultor do contraventor.  Ele teria conversado com o argentino para tratar da volta do serviço de loterias no estado, que chegaram a ser administradas pelo Serlopar (Serviços de Loteria do Paraná), extinto em 2007, no governo Requião. O governo paranaense retomaria a exploração dos jogos e para isso seria necessária a aprovação de projeto na Assembleia Legislativa. Cachoeira é acusado de comandar um esquema de jogo em Goiás e de ter influência sobre políticos daquele estado e do Distrito Federal e esperava assumir o controle da recém-recriada Lemat (Loteria do Estado de Mato Grosso), após a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). De acordo com notícia divulgada na última quinta-feira pelo Diário de Cuiabá, Richa é citado numa conversa por e-mail em outubro de 2010, depois que Adriano pergunta a Coppola se “aquele encontro” com o governador eleito “foi bom”.
“Agora vamos implantar a loteria em Mato Grosso. Em Santa Catarina também foi bom com [o governador Raimundo] Colombo porque o presidente da loteria era o chefe da campanha de Colombo”, escreveu Coppola. “No Paraná, falei com o [governador] Beto Richa, o problema é que [o ex-governador Roberto] Requião fechou a loteria e vai demorar porque tem que fazer uma nova lei”, concluiu.
PS – Nos comentários, o chefe de Gabinete de Richa, Deonilson Roldo, diz que o governador jamais conversou e sequer conhece ou ouviu falar dessa pessoa chamada Roberto Coppola. “Da mesma forma, o atual governo nunca tratou de qualquer proposta que tivesse por objetivo implantar jogos de loteria no Paraná. Assim, o envolvimento do nome do governador é totalmente descabido e infundado”.
(Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr)

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