Falta infraestrutura e sobra silêncio

O estudo acima só reafirma recente posição do CFM, contra a abertura de novos cursos de Medicina. Maringá, cidade em que foram abertas duas escolas de Medicina nos últimos anos (Uningá e Cesumar), possui uma escola estadual (UEM) que enfrenta sequentes dificuldades, em virtude da falta de investimento do Estado no Hospital Universitário Regional. Nos dois cursos privados não há hospital-escola na acepção da palavra para estágio dos estudantes, e a Uningá, observa a leitora Maria Antônia Anacleto, inventou um critério para entrada do aluno, no mínimo, estranho: qualquer profissional de área afim (Enfermagem, Psicologia, Fono, Fisio, Biomedicina etc.) pode entrar no quarto ano do curso, sem nenhum teste de conhecimento ou análise de currículo.
“Observo um silêncio assustador de todos os órgãos de controle do ensino superior, mas o pior é o silêncio da sociedade. Muitos entendem que a chegada de escolas de Medicina privadas pode sanar um desgaste de anos de cursinho de jovens da classe média alta, iludidos pelo glamour da profissão e pouco acostumados a frustração. Temos problemas demais com a falta de infraestrutura e de gestão nos serviços públicos, mas somos referência na assistência privada, será que esse é o caminho?”, questiona;

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