O agradecimento de Débora

De Débora Fernandes de Paiva:
Agradeço a todos e todas que participaram de nossa campanha, pelo apoio recebido nas ruas e pelas mensagens de apoio e sugestões recebidas. Mostramos que é possível fazer uma campanha diferente, organizada com o comprometimento de mudança e de ser uma alternativa que contradiz a velha política. O PSol apresentou minha candidatura a prefeita, mas durante todo o processo nosso convite a participação não se restringiu ao pleito, fizemos um convite a participação política diária e a conscientização da importância de estarmos inseridos nos debates políticos de nossa cidade.
Alguns me chamaram de perdedora após analisarem os votos contabilizados. Não concordo com isso, fomos vitoriosos! E por quê? A vitória também vem dos votos, fiquei feliz com o número alcançado. Mas a conquista vai além das urnas e por isso, sim somos vitoriosos. Mesmo com todas as dificuldades apresentamos nossas ideias, fomos e somos a verdadeira oposição, debatemos e mostramos a necessidade da participação popular, do combate às opressões e a realidade da desigualdade social que é “maquiada” em nosso munícipio.
Falamos e fizemos nossa política com emoção, seriedade e de forma sincera. Mostramos a possibilidade do novo, da mudança. E despertamos a dúvida, “as coisas não vão bem como parecem”. Então, vencemos! Pois tivemos votos conscientes e críticos, que almejam o diferente. Que apresentaram sua insatisfação e se somaram a nós nessa empreitada. Votos de pessoas que não foram manipuladas pelas jogadas de marketing, mas sim, convencidas por nossas apresentações.
Reitero mais uma vez o convite, o PSol está aberto a todos e todas. Somo um partido novo, que luta contra a velha política e queremos contar com vocês. Finalizo com um poema de Bertold Brecht, para a reflexão de nossa realidade.

Elogio da Dialética
A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nós
De quem depende que ela acabe? Também de nós
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã

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