Taxas de homicídio dobraram em 8 anos

A professora Ana Lúcia Rodrigues, do Observatório das Metrópoles, lembra que nessa semana ocorreu mais um homicídio em Maringá e que, provavelmente, não será o último do ano. Para ela, é preciso destacar duas respostas que os estudos vêm oferecendo ao aumento da violência: 1) a criminalidade e a violência são os produtos mais expressivos e significativos da segregação socioespacial, responsável pelo abandono das pessoas em territórios precários – na terra de ninguém, onde prolifera o ódio e o ressentimento, como sentimentos cotidianos e banais; 2) a violência é um produto da desigualdade social que está longe de poder ser naturalizada, como se faz de costume. A violência já equivale em nossos dias a uma bomba detonada, cujos estragos se propagarão cada vez mais intensamente, enquanto a origem não for enfrentada e desativada. Abaixo, o documentário “Violência Urbana – Expressão da Desigualdade Social”.

A professora destaca que nos últimos 8 anos as taxas de homicídio dobraram em Maringá e isso não é ao acaso. Está vinculado às ações da administração municipal que não priorizou o conjunto da população e, com isso, aprofundou a desigualdade social. Em 2004 a taxa era de 7.8 homicídios para cada 100 mil/bhab. Em 2012 (antes que os próximos ocorram) a taxa de homicídios já alcançou 15.7 homicídios.

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