Sobre Francisco e Pedro

Do leitor:
Vamos parar com esse equívoco de dizer que o papa é o sucessor do trono de Pedro. Pedro, o apóstolo, pertencia à igreja primitiva que seguia fielmente os ensinamentos de Jesus. Pouco mais de três séculos após a morte e ressurreição de Jesus, o imperador romano Constantino criou, de forma casuística, a Igreja Católica e influenciou diretamente na escolha do primeiro papa. Resumo da ópera: Cristo não fundou o cristianismo e nenhuma religião, mas nos ensinou a amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao nosso próximo como a nós mesmos.
Igreja Católica, cristianismo, papa, Vaticano foram criações do Império Romano, a partir do imperador Constantino. Vaticano e Império Romano, ao longo da História, foram parceiros políticos para se perpetuarem no poder e manobrar as massas. O Vaticano “domesticava” os fiéis para que fossem cegamente obedientes e passivos ao Império Romano, que dominou grande parte do mundo por 500 anos. Era o toma-lá-dá-cá sempre usando-se o pretexto de que “Deus quis assim”. Quem não obedecia – ou não se convertia ao catolicismo – era considerado herege e morria na fogueira, por tortura ou outros métodos que lembram a barbárie. Quem não se lembra do papel ditatorial da Santa Inquisição da Igreja Católica por séculos e séculos?
Portanto, nada a ver ser o papa sucessor do trono de Pedro. O apóstolo Pedrão, homem rude, pescador, humilde, casado, ferrenho defensor da igreja primitiva leal aos ensinamentos de Jesus, jamais endossaria a prática vaticanista.
O Vaticano nunca teve procuração divina para funcionar como embaixada celestial no planeta. Basta analisar sua História ao longo dos tempos. É de arrepiar.

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