Descaso e omissão no WD

De Edivaldo Magro:
Antes de mais nada, é importante sublinhar que sou amante do futebol e torcedor. Na trajetória vitoriosa do Metropolitano estive em todos os jogos disputados no WD e acompanhei o time fora de casa. Então, tenho crédito para criticar o que se passou na noite deste domingo, quando carimbamos a faixa de campeão da Divisão de Acesso e oficializamos a ascensão à Primeira Divisão com título conquistado na valentia (defender que a equipe mostrou em campo um futebol refinado é exagerar na torcida). Mas vamos lá. É surpreendente o amadorismo com que se tratou o torcedor, a começar pelo tumulto na entrada. Bastou um volume maior de pessoas para se evidenciar a falta de organização da diretoria do Metropolitano. O congestionamento poderia ser evitado com a abertura antecipada dos portões. Em determinado momento, os seguranças, grosseiros, desistiram de revistar os torcedores. Talvez isso explique a entrada de sinalizadores e rojões no estádio, artefatos proibidos pelo Estatuto do Torcedor. Aliás, a Polícia Militar agiu rápido e deteve responsável pelo bar da descoberta, exatamente quem soltara rojão momentos antes. Cobrados sobre os sinalizadores, policiais disseram que nada poderiam fazer, ignorando o artigo 13-A, parágrafo VII, do capítulo IV da Lei 10.671 (Estatuto do Torcedor). Vale lembrar que é prática comum no estádio bateria de rojões na entrada do time da casa, o que, a meu ver, contraria a lei. No caso dos sinalizadores, a fumaça e as fagulhas colocaram em risco os torcedores, como bem ficou demonstrado ontem: diante do acendimento repentino dos artefatos, registrou-se súbita movimentação de pessoas no entorno da torcida organizada, com evidentes riscos a adultos e crianças – e eram muitas nos estádio ontem! Lamenta-se não apenas o descaso da diretoria do Metropolitano com os torcedores, mas principalmente a omissão da Polícia Militar com a segurança.
P.S. Por que a presença de Policiais Federais dentro das bilheterias? Não estavam ali para fazer a segurança.
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(*) Edivaldo Magro é jornalista em Maringá

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