Gostaria de estar enganado

Juntando informações cheguei à conclusão que o acordo PP/PT, quanto à Prefeitura de Maringá, teria começado em 2008. Naquela eleição o PT concorreu com o freio de mão puxado, com a promessa de Ricardo de que em 2012 Ênio seria o prefeito. Escolheram Pupin, que nunca foi o nome de agrado da família, para fazer o papel de bobo, mas o prefeito seria Ênio. Tudo tem um preço, que seria um cargo, se não de ministro das Cidades, um de alto escalão para o capo, onde tivesse muita verba do PAC para trabalhar. Mas esqueceram de combinar com Dilma e a direção nacional do PP, que barraram o negócio. A essa altura Pupin já tinha sido tornado inelegível com aqueles 100 dias de substituição especialmente preparados para, caso vencesse, Ênio fosse confirmado prefeito. Coisa de profissional, pensada nos mínimos detalhes. Como o PT não fez ao sua parte dando o cargo para Ricardo, este roeu a corda e quis a prefeitura de volta. Fez tudo para ganhar nas urnas. Atacou, trabalhou na tese do vermelho contra o azul, mobilizou mundos e fundos, e conseguiu a decisão monocrática que garantia Pupin disputar no primeiro turno, legalmente. Tudo seria mais fácil não fosse a insistência de um tal Akino Maringá e do Rigon não deixar o caso cair no esquecimento, alertando que Pupin estava escandalosamente inelegível. Enio e o PT quietos, aceitando passivamente os atrasos no julgamento. Houve um momento em que os dois lados davam o caso como perdido. Não tinha jeito, daria muito na cara, até que surpreendentemente o ministro Dias Tóffoli se declarou impedido. Era a o que faltava para o PT posar de vítima de dar o caso por encerrado. Mas o Akino e o Rigon continuaram insistindo no assunto, e Ênio foi obrigado da emitir nota dizendo que lutaria até o fim. Gostaria de estar engando, no sentido de errado, mas é isso que penso que aconteceu. Agora o acordo é a manutenção de comando no município nas mãos de Ricardo, pelo menos até que se concretize um grande negócio chamando Contorno Sul Metropolitano, que deve render muito para alguns. Para eles é interessante que o administrador de tudo seja Ricardo Barros, o sócio. Gostaria de estar enganado, mas acho que enganados estão muitos petistas e ricardistas que se odeiam, enquanto a cúpula se ama. Não perco as esperanças. Um dia a casa cai.
Akino Maringá, colaborador

Advertisement
Advertisement