Baderneiro poderoso acaba na cadeia

Juliano Borghetti
De Cícero Cattani:
Profilática a prisão dos baderneiros de Joinville e que seja altamente educativa. A figura mais emblemática dos envolvidos nos atos de barbárie se apresentou espontaneamente à polícia, poupado de ser levado algemado como os outros parceiros. Juliano Borghetti, ex-vereador varrido da Câmara nas eleições de 2012, sempre esteve sob a proteção da família influente e ocupou cargos importantes nas administrações de Beto Richa. Por último, era superintendente de importante autarquia e recebeu a graça do governador de ser recebido em palácio para entregar o cargo, quando era dever de Richa tê-lo exonerado já na confirmação pelas imagens de TV da sua ativa participação nos atos de selvageria que envergonharam os paranaenses. Genro de Rubens Bueno, presidente do PPS, irmão de Cida Borghetti, presidente do Pros, e cunhado de Ricardo Barros, presidente do PP e secretário da Indústria e Comércio, o baderneiro foi a atração do Iguaçu ao chegar para entregar a carta de demissão, quando poderia fazê-lo ao superior hierárquico. Consta que Richa pediu a Juliano que relatasse às minúcias o ocorrido. As peripécias teriam rendido boas gargalhadas. A juíza Karen Francis Schubert Reimer, de Joinville, contudo, não viu graça alguma e determinou a prisão de até agora 28 envolvidos já identificados: “é conveniente a segregação dos acusados para manutenção da ordem pública”. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio, associação ao crime e incitação de violência.

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