Ano letivo inicia com dívidas

Hoje tem início a semana pedagógica nas escolas estaduais do Paraná. Cerca de 120 mil educadores retornam às atividades para organizar o ano letivo de 2014. Para além da organização pedagógica, a APP Sindicato está convocando os trabalhadores para iniciar o ano com mobilizações com o objetivo de cobrar do estado o que ele deve. Além dos valores atrasados de progressões e promoções desde 2012, o governo do estado não cumpre na integralidade a lei federal 11.738/08, que trata do Piso Salarial Profissional Nacional. A lei estabelece um Piso Nacional para o magistério, cujo reajuste a partir de janeiro deste ano é de 8,32% e 1/3 da jornada de trabalho dedicada à preparação das aulas e estudos, chamada de hora-atividade.

Os educadores aprovaram na ultima assembleia da categoria, em dezembro 2013, a campanha “Hora-atividade pra valer”. A campanha surge mediante a negativa do governo em respeitar a Lei do Piso Salarial Profissional do magistério, que garante os 33%. No ano passado, a categoria se mobilizou em um intenso calendário de mobilização durante os primeiros meses e conquistou o compromisso de o governo implantar em julho 30% e, no início de 2014, 33% de hora-atividade. Mas não foi isso o que aconteceu. Professores da rede estadual realização uma hora-atividade por semana para fazer cumprir a lei. Os alunos deverão ser dispensados uma aula mais cedo nos dias 11 de fevereiro (terça-feira), 19 de fevereiro (quarta-feira), 27 de fevereiro (quinta-feira), 7 de março (sexta-feira).
Em vídeo divulgado pelas redes sociais, professora Marlei Fernandes de Carvalho, presidenta da APP Sindicato, chama a categoria a aproveitar a Semana Pedagógica para discutir as propostas do sindicato, nos campos político, financeiro e de organização pedagógica. A dirigente ainda convocou a categoria a participar da assembleia de 22 de fevereiro, da greve nacional convocada pela CNTE nos dias 17 a 19 de março, bem como da luta para a aprovação de saúde integral dos trabalhadores e o de criação do IPE Saúde. “A luta é árdua, é difícil, mas nenhuma conquista na educação veio sem a luta organizada da nossa categoria, junto com a APP”, disse a professora, que estará na região de Maringá nesta semana para visitar escolas e debater com os trabalhadores. (Assessoria)

Advertisement
Advertisement