Uma grande lixeira

O descarte de materiais inservíveis – ou lixo numa linguagem mais objetiva – em vias públicas já se afigura como cultura ligada ao atraso social do cidadão, valorizada pela omissão do poder público que, inoperante, acaba sendo conivente com essa irresponsabilidade. No caso específico dessa avenida, meu trajeto diário, é frequente cenas assim, agressivas sob todos os aspectos, a começar pela absoluta falta de civilidade e cidadania. Reconheço a dificuldade do ente público em coibir essa prática e fazer valer a legislação que, acredito, estabelece alguma punição pecuniária aos infratores. Contudo, a falha está na falta de ações preventivas, de conscientização sobre esse desprezível comportamento de fazer das ruas, praças e avenidas uma grande lixeira – nem falo dos fundos de vales e terrenos baldios, onde a prática me parece até tolerada e aceita como ‘normal’. Quando criança – e lá se vão umas boas décadas, lembro-me de uma campanha, até pouco tempo reprisada pela RTV Canal 10, intitulada ‘povo limpo é povo desenvolvido’, protagonizada pelo Sujismundo. Creio ser este um bom momento para ressuscitar o personagem de saudosa (e eficiente!) lembrança.
Edivaldo Magro

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