50 anos do golpe militar

De Wilson Quinteiro:
wilson-quinteiro-1O evento que ocorreu no dia 31 de março de 1964 e que instaurou o início da ditadura militar no dia 1º de abril completa 50 anos em 2014. A Ditadura Militar foi um momento marcante na história do Brasil, que mudou para sempre a visão política dos brasileiros. De um momento difícil como esse, foi possível aprender, que o medo de uma nação pode ser usado como instrumento para a consolidação de um extremismo ideológico, que acarreta em uma falta de liberdade. Com a renúncia de Jânio Quadros (PTN) em 1961 o posto de presidente foi assumido por João Goulart (PTB), o Jango, que assumiu um discurso considerado de esquerda para a sociedade da época. Seu discurso preocupou as elites que viram ameaçado o seu poder econômico. A instabilidade política, a crise econômica e as reformas constitucionais propostas por Jango trouxeram medo à população, e formaram o cenário propício para o Golpe de 64.
A ditadura durou 21 anos, estendendo-se de 1964 a 1985, porém seus efeitos foram estendidos até 1988 sendo afastados com a constituinte. O evento acarretou em um período de repressões violentas a todos os movimentos de oposição e a participação popular. Por fim, a democracia foi gravemente ferida por uma parcela da população, que temeu a força de uma ideologia e na época esteve apoiando o golpe militar.
Hoje o extremismo é o que me assusta no cenário político social. É importante, que defensores de diferentes ideias estejam construindo juntos um pensamento mais elevado, que cada um em separado. Parar de tentar exterminar todas as ideias, que sejam diferentes e tentar entendê-las/aprimorá-las é para mim um princípio. Todos têm o direito de se expressar conforme seus ideais, isso não faz de ninguém melhor ou pior que qualquer um, é a liberdade da qual gozamos hoje no Brasil. Lembrar o que o extremismo fez com o país na época da ditadura é fundamental para que não deixemos que esse fato se repita.
Assim, ao relembrar esses fatos históricos que expressam meu reconhecimento àqueles que lutaram, pela liberdade e redemocratização do país. A arbitrariedade imposta no período ditatorial feriu direitos fundamentais da pessoa humana, por isso, temos o dever de dar continuidade aos princípios levados por aqueles valentes que lutam por todos nós. Democracia sempre!
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(*) Wilson Quinteiro é advogado e deputado estadual

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