“Na Casa Civil, atendi os 27 governadores e via muito pouco o governador do Paraná indo à Brasília com projetos para trazer recursos para nosso Estado. O que vi foi muita reclamação. O governador sempre dizendo que não fazia as coisas e que a culpa era dos outros. Faltou ao governo do Paraná vontade política, planejamento e disposição para o trabalho. O que me fez decidir ser candidata foi olhar o que os outros governantes fizeram pelos seus estados e o que o não foi feito no Paraná”. A afirmação foi feita ontem pela senadora Gleisi Hoffmann (PT), candidata da coligação Paraná Olhando Pra Frente ao governo estadual, em Colombo, onde se reuniu com mais de 400 lideranças políticas suprapartidárias que apresentaram apoio e sugestões para o seu plano de governo. Gleisi comparou o desempenho do governo paranaense ao do Rio de Janeiro. “O Paraná é o segundo destino turístico mais visitado por estrangeiros, atrás apenas do Rio de Janeiro. Eu pergunto: quanto o Paraná conseguiu para o turismo e quanto o Rio conseguiu? O Paraná fechou a Secretaria de Turismo, já o governo do Rio conseguiu um grande volume de recursos porque apresentou projetos estruturantes ao governo federal”. Segundo a candidata, os paranaenses não querem um governador que não trabalha.“O Paraná perdeu sua capacidade de gestão, foco, e propostas. Se trabalhasse e tivesse disposição, nós teríamos muitos investimentos no Paraná. Nós precisamos retomar o Estado, é um dever nosso. Temos a oportunidade de fazer a mudança, de fazer diferente, de fazer o novo, olhando para frente. É para isso que estou diariamente visitando cada canto do nosso estado”. Gleisi também criticou o reajuste de 24,86% da Copel, anunciado nesta semana. “O governador teve o cinismo de pedir o aumento e dizer que a culpa era do governo federal. O Estado é gestor da Copel, é sócio majoritário, é dono da Copel e precisa administrar a Copel com resultados que tragam benefícios ao povo paranaense e não prejuízos”, criticou.