Pesquisas: credibilidade em risco

“A credibilidade dos institutos de pesquisas fica sob risco em qualquer pleito ainda mais quando elas apresentam resultados tão distantes como os havidos com Ibope e Datafolha recentemente. Como a orientação do TRE, aliás correta, é liberá-las, desde que cumpram requisitos formais e não sejam submetidas a impugnações, teremos paralelamente à eleição uma competição para ver quem mais se aproxima do resultado entre eles e aquele que mais se distanciou”. O comentário é do jornalista Geraldo Mazza, na CBN Curitiba, e que esta semana fez uma análise interessante sobre a questão das pesquisas divulgadas até agora.  “Dentro em pouco teremos que submeter esses atores a alguma forma de controle, que poderia ser semelhante ao da autorregulação na propaganda. É que a liberalidade gerará nanicos, provavelmente tão frágeis e manipuláveis, como aqueles micropartidos que botam laranjas para fazer o papel de linha auxiliar e às vezes de provocador. As pesquisas podem não decidir a eleição, mas asseguram o financiamento, a motivação dos comitês e condicionam o eleitor”, disse.

“Há histórico de erros grotescos, mesmo das mais célebres instituições, e um deles foi do Ibope, quando atribuiu a Rubens Bueno menos de um dígito quando acabou marcando 20 pontos em pleito majoritário, o que levou o protagonista a cogitar de processo judicial. O que não é justo igualmente é bloquear pesquisas como Beto Richa fez na eleição anterior, atitude igualmente suspeita, embora com sustentação jurídica formalmente adequada. Ser e não ser é que não pode ser. Que venha de vez a autorregulação”, acrescentou. Ouça na íntegra aqui.

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