Ataque virtual, Pessuti e bala de prata

PessutiO senador Roberto Requião, candidato ao governo do Paraná pela coligação Paraná Com Governo (PMDB/PV/PPL), revelou na noite desta segunda-feira, em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, que teve acesso a documentos e fotos comprometedoras do atual governador Beto Richa. Mas, ao contrário do que seu principal adversário fez na semana passada, Requião vai enviar cópias para o próprio Richa e protocolar os originais em uma denúncia na Polícia Federal. Na semana passada, aliados políticos do governador Beto Richa e dissidentes do PMDB espalharam documentos da vida pessoal do senador Roberto Requião. “Há quatro anos foram surrupiados documentos da minha mulher. Eles faziam parte do inventário do pai da minha mulher que estava em um cofre do Palácio Iguaçu. Eles dizem que encontraram os documentos no Canguri, a casa oficial do estado. Mas foram roubados, por gente a serviço do Beto Richa. É uma infâmia absoluta”, afirmou.
Requião ainda considerou a possibilidade de os documentos terem sido encontrados. “A atitude honesta esperada seria a devolução dos papeis à minha família. A má intenção e a canalhice de quem roubou os documentos ficam comprovadas. E eles repassaram as informações criminosamente para blogueiros”, contou.
Segundo o senador, laudos apontam que esses documentos foram divulgados a partir da casa do atual governador Beto Richa, da casa do governo e de empresas públicas. “Esses sites estão hospedados em um endereço em nome do Beto Richa, no site oficial do Beto Richa. E não é só isso: Celepar, Palácio Iguaçu, Copel e também da casa do Beto Richa. Usando o IP da sua casa? Que pouca vergonha, menino!”, criticou. A perícia foi feita pelo perito criminal e especialista em crimes eletrônicos Wanderson Moreira Castilho.
Mesmo assim, com todos esses documentos em mãos, Requião preferiu enviar tudo à Polícia Federal, pedindo uma investigação sigilosa. “É uma denúncia das malandragens, inclusive, sem autoria nenhuma, em documentos, jornais, panfletos divulgados no Paraná inteiro. Matérias apócrifas saíram do Palácio do Governo. Eu poderia hoje mostrar também fotos comprometedoras do Carlos Alberto Richa, mas não vou fazê-lo. Vou enviar para a Polícia Federal para verificar a origem e legitimidade e devolvê-las a ele”, disse.
Orlando Pessuti – O medo era tanto sobre a tão falada “bala de prata” que os adversários políticos forçaram uma série de situações, não só revelando documentos pessoais do senador, mas também colocando no horário eleitoral de Beto Richa o ex-governador Orlando Pessuti, que foi vice de Requião entre 2002 e 2010. “Não vote em Requião. É isso mesmo: não vote em Requião”, disse categoricamente Pessuti. Sobre essa atitude desesperada nas vésperas das eleições, Requião rebateu: “A bala de prata fez meus adversários confessarem que divulgaram os documentos da minha família, também fez desentocar o gato do esconderijo, puxar o rato pelo rabo e ver a cara feia dele. A bala de prata é revelar o que é a política safada”, criticou.
Censura virtual – Como o programa eleitoral é reduzido, com apenas dois minutos e 56 segundos, Requião deixou para fazer a revelação da tão falada “bala de prata” na #TV15, canal de comunicação que ele usa desde o início da campanha eleitoral para conversar com seus eleitores (www.requiaopmdb.com.br/tv15). Em poucos segundos, o site foi derrubado do ar. Para contornar a situação, Requião anunciou que faria o anúncio ao vivo pelo blog do colunista Esmael Moraes. Novo ataque virtual tirou o site do ar. Segundo o setor de tecnologia da Informação da campanha de Requião, esse foi um dos maiores ataques de internet já feitos no Brasil. Foram 150 mil ataques simultâneos, sendo 15 servidores hospedados na Rússia. “Quem são esses bandidos que procuram censurar nosso programa, cortar a nossa voz? Isso deve ter custado milhões”, questionou Requião, finalizando o vídeo transmitindo pelo Facebook. (Filipi Oliveira/Assessoria de Imprensa)

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