Unimed Maringá incentiva doação de medula óssea

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“Descobrimos a doença em janeiro de 2013”, conta a manicure Maria Edileuza Ferreira da Silva, que há mais de um ano convive diariamente com o filho Marcelo Augusto Silva, de 16 anos, em um hospital. Maria conta que os sintomas se manifestaram em uma infecção de garganta, mas ela nunca havia pensado na possibilidade de o adolescente ser diagnosticado com leucemia. “Através de exames, descobrimos que a doença já estava em um nível avançado e, a partir de então, meu filho passou a fazer quimioterapia”, diz.
Paciente do setor de Oncologia da Unimed Maringá há cerca de oito meses, Marcelo tem sua rotina comprometida, já que, segundo a mãe, sempre que é liberado do hospital, a defesa fica baixa e é necessário retomar as sessões de quimioterapia.  “Meu filho fica uma semana em casa e outra no hospital. Mas se ele tiver complicações durante a semana, ele não é liberado do hospital”, conta. Maria relata que, em junho de 2013, o filho passou quinze dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Mesmo conhecendo a doença de perto – já que sua mãe se curou de um câncer de pele há alguns anos – ela destaca que, por se tratar de um filho, a guerra contra a doença se torna ainda mais difícil. “Nós nunca pensamos que o câncer vai atingir alguém tão próximo. Meu filho é minha carne, ele faz parte de mim”, fala.
Maria diz que já foram realizados exames de compatibilidade com os outros dois filhos e com os demais familiares, mas os resultados foram frustrantes. Ela destaca a importância da doação. “Acredito que possa ajudar não só o meu filho, mas todos os outros que necessitam de medula”, fala.

Universo – No total, 16 pessoas entre 3 e 81 anos com leucemia são atendidas atualmente no setor de Oncologia Unimed Maringá. Segundo a oncopediatra Alessandra Borges, Marcelo tem o tipo mais grave da doença – a Leucemia Mielóide Aguda. Ela explica que a leucemia é diagnosticada, na maior parte dos casos, na infância. “O tratamento de primeira linha é a quimioterapia, sendo que o transplante é indicado aos que não respondem o tratamento, ou têm recidiva, que é quando a doença volta. Agora a doença do Marcelo está controlada e, por isso, é o momento ideal para o transplante”, explica.
A psicóloga do setor, Aline Schiavon, destaca que para o doador trata-se de um ato simples, mas, para o paciente, é a vida. “Cada dia de vida para o Marcelo é um ganho, e cada quimioterapia realizada significa um tempo a mais na vida dele”, conta.
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, tendo como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é de que sejam diagnosticados 11.370 novos casos de leucemia no Brasil em 2014.

Propague vida – Tem vontade de ser um doador de medula óssea, mas não sabe como? A Unimed Maringá abraça essa causa e convida todos a lutarem pela vida do Marcelo e outras milhares de pessoas que vivem a mesma situação. Tem medo de doar? Não precisa, pois após 15 dias da doação, a medula é reconstituída sem prejuízo algum para o doador.

Como doar? – Qualquer pessoa, entre 18 e 54 anos e com boa saúde pode doar medula óssea. A retirada se dá através dos ossos da bacia, por meio de punções e sob anestesia. O transplante é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico. A retirada das células para a doação é feita no hospital habilitado mais próximo da residência do doador. Assim que retiradas, as celular são transportadas até o centro onde será feito o transplante.
Para se cadastrar, basta ir até o Hemocentro mais próximo. Em Maringá é preciso ir até o Hemocentro Regional, localizado na Av. Mandacarú, 1590. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira das 7 às 18h30, e aos sábados das 7 às 12h30.
É necessário levar um documento com foto (RG ou carteira de motorista), o CPF e caso o doador tenha, o cartão do SUS.
Uma vez cadastrado, ele poderá ser chamado em qualquer período até os 60 anos, caso seja identificado compatível com algum paciente.
Após o cadastro, o doador assina um termo de responsabilidade. Em seguida, é realizada uma coleta de sangue de 5ml a 10ml para testes que determinarão as características genéticas importantes para a compatibilidade entre o doador e o paciente. Esses dados serão encaminhados ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), instalado no Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em caso de compatibilidade com algum paciente, o doador será chamado para a realização de exames complementares e finalmente, para a doação.
A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em cem mil. Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível, para facilitar e agilizar a chama do doador no momento exato. Caso haja alguma mudança no cadastro (endereço, por exemplo), preencha este formulário no link: http://www1.inca.gov.br/doador/. (Flamma)

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Hemocentro Regional de Maringá

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