Dinheiro seria para Ricardo Barros

De Cícero Cattani:
Lula, Ricardo e Cida
Nas eleições de 2010, corria solto que Paulo Bernardo (PT) havia acertado com Ricardo Barros (PP) para que este levasse o seu reduto da região de Maringá a votar em Gleisi e não no companheiro de chapa Gustavo Fruet (PSDB). Cartazes da dupla Gleisi e Barros circularam por todo o Noroeste. O então prefeito de Jandaia do Sul, o mensaleiro José Borba, também do PP, coordenou a nova aliança. O objetivo de PB era dar a Gleisi a maior votação possível, tirar Roberto Requião (PMDB) do páreo, preferencialmente, e garantir a segunda vaga para o Senado a Ricardo Barros. Requião até hoje lembra o episódio como traição eleitoral.
Com o vazamento do depoimento de Roberto Youssef, confirmando o que já havia confessado Paulo Roberto em sua delação premiada, o repasse de dinheiro para a campanha ao Senado de 2010, suspeita-se que não seria destinado diretamente a Gleisi, mas sim a Barros, dentro da cota do PP nas comissões dos superfaturamentos da Petrobrás. Ricardo Barros, eleito agora deputado federal, e marido de Cida Borghetti, vice de Beto, é um velho conhecido do PT, desde o tempo em que foi líder de Lula na Câmara. O tempo confirmará.

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