Sobrou uma conta salgada

Ney Braga

Havia poucos populares na inauguração do salão comunitário do Conjunto Ney Braga, em Maringá, hoje pela manhã. A claque dos cargos comissionados, no entanto, estava em peso. Mais de uma dezena de veículos públicos, incluindo duas caminhonetes da Defesa Civil, estavam lá. Uma  van da frota municipal foi usada, com motorista e tudo, somente para levar um CC até o local. Povo mesmo, raro. Da avenida José Alves dos Santos, que fica defronte o salão, não havia praticamente ninguém. Mas aí tem uma justificativa. 
Durante a campanha eleitoral, Silvio Barros II (PHS) e Carlos Roberto Pupin (PP) prometeram na indefectível Dobló do 11 que iriam fazer a transposição da avenida, que cortaria o fundo de vale, em direção ao Contorno Norte, e cruzaria a avenida Alziro Zarur. O asfalto foi feito rápido, pois era época de campanha, para dar a impressão de que a obra prometida sairia por completo. Ledo engano.  Os moradores continuam sem a prometida transposição, ganharam o asfalto e uma conta salgada para pagar: em média, R$ 48 mil de taxa para pagar. Quem não pagou deve mais de R$ 60 mil.

Ney Braga
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