Com mais de 300 participantes, em sua maioria crianças, o 3º Torneio de Judô Unimed Maringá foi promovido na manhã do último domingo no ginásio de esportes da Associação dos Funcionários Municipais de Maringá. A iniciativa do grupo denominado Judô Unimed Maringá, formado por várias academias especializadas da cidade, contou com a supervisão da delegacia regional noroeste da Federação Paranaense de Judô.
O presidente e o diretor de mercado da cooperativa médica, Daoud Nasser e José Francisco da Silveira, prestigiaram a solenidade de abertura. Ao fazer a saudação, Nasser lembrou que a Unimed “é a principal apoiadora do esporte em Maringá, tendo especial carinho pelo judô”. Ele falou de sua satisfação em estar ali, também, por ter sido na infância e na adolescência um praticante desse esporte.
Aos 77 anos, depois de 40 no tatame, em que atingiu o 6º Dam – uma das graduações mais altas -, o aposentado Roberto Yokoyama disse que fez questão de acompanhar o filho Jorge, atual delegado regional da FPJ, no festival. “Não gosto de ficar longe e só de estar aqui, vendo essas crianças, me sinto feliz e motivado”, afirmou. Para ele, os principais atributos do esporte para a formação humana são a disciplina, o respeito ao próximo, o condicionamento físico e a saúde.
O delegado Jorge Yokoyama definiu o festival como uma confraternização entre judocas e familiares, na qual não há o espírito de luta e nem cobrança, mas de convivência. “É um torneio que visa incentivar as crianças e possibilitar que os pais conheçam melhor o judô.”
Dono de uma das principais academias da cidade, o professor Celso Ogawa comentou que a iniciação de atletas é uma das principais contribuições de eventos como esse. “Maringá é reconhecida como um celeiro para a formação e a revelação de judocas e começar o mais cedo possível é muito importante”, assinalou.
Geovana Corradini, de oito anos, faz parte dessa nova geração de atletas para os quais brilhar no futuro é um sonho que começa a ser cultivado. Aos oito anos, ela pratica judô desde o cinco e frequenta uma academia onde, entre os judocas, é a única menina. “Meu marido diz que isto é bom porque ela vai se acostumando desde cedo a enfrentar adversários teoricamente mais fortes”, comentou Silvana, a mãe.
O menino Anderson Guilherme Júnior, de nove anos, também começou cedo: há três, ele passou a ser levado duas vezes por semana a uma academia, para treinar. Agora, foi ao festival tendo na arquibancada os pais Anderson e Luciany e o irmãozinho Yuri, de dois anos. “Gostoso”, definiu ele, sobre a rotina do esporte.
Gabriele Victória dos Santos, de oito anos, foi trazida de Astorga pelo pai Jean. “O judô ensina muita coisa boa, principalmente o respeito e a disciplina”, afirmou Jean, que fez torcida pelo desempenho da menina.
Mas nem todos começam a praticar a luta em seus primeiros anos. Também morador em Astorga, Douglas Ferreira, de 24 anos, estava entre os mais velhos participantes. Detalhe: ele só foi conhecer o judô há um ano. “Não sabia absolutamente nada disso. Resolvi experimentar e fiquei encantado com tudo o que aprendi e ainda estou aprendendo”, disse, completando: “Por isso estou aqui. E quero seguir em frente”. (Flamma)