Corrida em homenagem a menino sírio teve 250 participantes

Unimed Maringá

Uma corrida infantil promovida ontem pela manhã no Parque Alfredo Nyffeler, em Maringá, prestou tributo ao menino sírio Aylan Kurdi, de três anos, que morreu num naufrágio no início de setembro quando sua família e outros refugiados tentavam chegar à Grécia. A imagem de seu corpo numa praia turca chocou o mundo e se tornou um símbolo do drama vivido por milhares de pessoas que, todos os dias, tentam sair da Síria, país em guerra civil, na tentativa de conseguir um lugar seguro. 
A 1ª Corrida Aylan Kurdi, que mobilizou 250 participantes – em sua grande maioria crianças com idade entre menos de cinco anos a dez anos, teve o apoio da Unimed Maringá. Nem o tempo chuvoso atrapalhou. Todos os inscritos receberam medalhas e o valor arrecadado, segundo informou o coordenador do evento, Pedro Dias, será destinado ao alto comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para prestar ajuda aos refugiados. “Essa corrida é uma iniciativa espontânea da comunidade de Maringá”, disse Dias, relacionando o apoio recebido, também, da Prefeitura, da Polícia Militar, da imprensa e dos clubes de corrida da cidade. Além de patrocinar, a cooperativa médica deslocou para o local uma ambulância e equipe de socorristas.
Foi a segunda competição infantil organizada este ano em Maringá, também com o apoio da Unimed. A primeira, em julho, envolveu centenas de crianças e pré-adolescentes numa realização do 4º Batalhão de Polícia Militar.
As provas foram divididas por faixas etárias com percursos de 400 a 800 metros. Os familiares acompanharam os pequenos atletas na pista, entre eles a menina Valentina, de três anos, para quem a novidade era mais uma diversão. “Fizemos questão de prestigiar”, disse dona Neuza, a avó. A comerciária Heloísa, mãe de Lucas e Mateus, de 8 e 9 anos, também chegou animada e os três se inscreveram na hora para correr. “Se o tempo tivesse ajudado, daria muito mais gente, com certeza”, disse Heloísa.
Algumas pessoas se dirigiram ao parque não por causa do evento, mas para aproveitar a manhã de domingo e pescar. Foi o caso do aposentado Antônio Moreira. Ao ver tantas crianças e saber que a realização era uma homenagem ao menino sírio, Moreira ficou pensativo e contou ter ficado triste quando viu a cena na televisão: “em casa, todo mundo lamentou, que judiação”.
Painéis colocados no espaço de concentração da prova traziam informações e imagens sobre os refugiados. Clubes de corrida instalaram estandes com brinquedos e distribuição de pipoca e algodão doce para a criançada. (Flamma)

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