Prefeitura de Maringá agora quer tombar o Auditório Luzamor

Luzamor

A Comissão Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Maringá (leia-se Secretaria Municipal de Cultura), depois de tombar o Clube Hípico mesmo não tendo nada de histórico, arquitetônico, artístico e cultural relevante, iniciou os procedimentos para o tombamento do prédio onde funciona a Fundação Luzamor, na avenida Anchieta, área central da cidade.
É mais um tombamento polêmico, já que o prédio, que abriga um auditório e uma escola de música e foi inaugurado em agosto de 1989, também não tem relevância histórica nem arquitetônica – é uma mera reprodução, em tamanho menor, do Teatro Alla Scala de Milão (Itália). 
O tombamento do conhecido Auditório Luzamor (que chama-se Auditório Shizuko Miyamoto, nome da mãe das irmãs fundadoras) lembra a picuinha que resultou no tombamento do Hípico: há algum tempo a Secretaria de Cultura queria levar para aquele prédio o Centro de Ação Cultural (CAC), mas como ali é uma fundação que não vive de recursos públicos, somente da locação do espaço e da escola de música, não conseguiu realizar seu intento.
Na reunião da CEPHAC de 2 de setembro último o tombamento foi colocado praticamente como coisa pronta. Estavam presentes a secretária de Cultura, Olga Agulhó, o gerente de Patrimônio Histórico, Welington Vilanova, a representante da Secretaria de Gestão, Georgina Faustino, a representante da Procuradoria Geral, Rosangela Dorta, a representante do Departamento de História da UEM, Sandra Pelegrini, e o representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Aníbal Verri. De acordo com a ata da reunião, somente Verri contestou o tombamento, sugerindo estudos mais aprofundados e uma visita ao local.
Os demais membros, em especial os que representam órgãos da prefeitura, quiseram valer o fato de serem maioria, mas ao final optou-se por aguardar uma decisão final. Esta semana a secretaria enviou ofício ao Luzamor informando sua disposição de tombar o imóvel e antecipou que haverá uma visita ao local.
Até agora a Prefeitura de Maringá e a Fundação Luzamor sempre foram parceiras, já que a secretaria utiliza o auditório para o programa Convite à Música. A história do local remete às irmãs irmãs japonesas Sumiko Miyamoto e Yaeko Miyamoto, já falecidas, que em 1975 criaram a fundação no terreno que pertencia à Igreja Metodista.

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