Câmara de Maringá gosta de homenagear; já fiscalizar…

Câmara de Maringá

A maioria dos vereadores de Maringá gosta de bater palmas e fazer homenagens aos integrantes da plutocracia local, aqueles que de uma forma ou de outra lhes beneficiam.
Criar e leis e, principalmente, fiscalizar o Executivo – constitucionalmente, o papel de cada um que recebeu o voto dos eleitores em 2012 -, nem pensar… É o que se viu na sessão de hoje. 
As justificativas de quem votou contra a abertura de uma Comissão Processante para investigar uma séria denúncia contra o prefeito (a mesma que enrosca o ex-prefeito Silvio Barros II e três secretários municipais, por improbidade administrativa) foram de que é prematuro, que o prefeito não teve oportunidade de se defender e que a legislação permite terceirizar fiscalização etc. Até o vereador comunista Manoel Sobrinho optou por não investigar Pupin.
O presidente do Legislativo, o enrolado Chico Caiana (condenado por nepotismo e que só disputou a última eleição graças a uma decisão liminar), preferiu elogiar o juízo de primeira instância, que não concedeu liminar aos denunciados, e que no Tribunal de Justiça do Paraná tiveram os bens indisponibilizados.
Na prática, os vereadores de Maringá se reuniram para não cumprir a função legislativa estabelecida na lei, que por sinal todos, faceiros e com o braço em riste, prometeram cumprir quando assumiram suas cadeiras.
Dez deles votaram contra o recebimento de uma denúncia e foram favoráveis ao adiamento da discussão e votação de todos os itens que estavam na pauta para a próxima sessão. Isso mesmo: nada foi votado na sessão desta quinta-feira.
Resumindo: fiscalizar, não; dar homenagem, sim.

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