Corrupção sem corrupto

cupim

Leitor estranha a ausência de servidores públicos e políticos na denúncia contra 14 pessoas, resultado da Operação Cupim, em que uma organização criminosa baseada em Maringá comandava licitações fraudulentas em várias cidades paranaenses. É a corrupção sem corrupto – só tem corruptor.
O núcleo da organização era formado por quatro pessoas – as que foram presas no final do ano passado pelo Gaeco -, já que as demais eram em sua maioria ‘laranjas’, funcionários coagidos a emprestar seus nomes a empresas fantasmas, e que também estão com bens bloqueados.
O homem apontado pelo MP como chefe da organização, Aparecido Balbino de Queiroz, ex-presidente da Micromar, também empregava parentes de gente ligada direta ou indiretamente às prefeituras (caso do denunciado de São Jorge do Ivaí); no caso de Maringá, onde suspeita-se de pelo menos vinte licitações fraudadas, um familiar de um conhecido ex-prefeito era funcionário do grupo.

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