Promotor Cruz é, de novo, vítima da insegurança maringaense

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Em uma semana, o procurador de justiça José Aparecido da Cruz – o Promotor Cruz, citado como possível candidato à eleição deste ano em Maringá – teve seu carro arrombado duas vezes. No último dia 19, nas proximidades do Pimenta Doce, ladrões quebraram o vidro lateral traseiro e levaram uma máquina fotográfica Nikon. Ontem à noite, defronte a Igreja Divino Espírito Santo, na Zona 7, quebraram o vidro dianteiro direito e levaram uma bolsa com documentos e medicamentos e um notebook, que pertence ao Ministério Público Estadual.
Recorde-se que Cruz já havia contabilizado cinco arrombamentos à sua residencia, na Zona 5, que resultaram até num protesto formal perante o governador Beti Richa (PSDB).
Hoje pela manhã, na saída para Presidente Prudente (SP), foi encontrada a bolsa com os remédios e o passaporte e a plaqueta que identificava o notebook como sendo patrimônio público.
Cruz, não é preciso dizer, fez nova queixa e está estupefato com as ocorrências. Na semana passada, logo após o primeiro arrombamento ao seu veículo, ele fez uma representação ao Ministério Público (promotor Maurício Kalache) onde relata, por exemplo, que na mesma data e local um outro motorista havia sido vítima de ladrões e que perguntou ao PMs que atenderam a ocorrência quantas viaturas faziam patrulhas pela cidade de Maringá naquela noite, tendo sido informando de que somente quatro faziam o serviço. Para ele, uma quantidade insuficiente, ineficiente e ineficaz para dar a segurança à terceira maior cidade do Paraná.
“A insegurança grassa nesta cidade de onde se pode regozijar-se ser sede de um batalhão de Polícia Militar encarregada de realizar o policiamento ostensivo preventivo de segurança; de ser sede de uma subdivisão policial civil, encarregada da promoção de investigação das condutas criminais perpetradas e de ser sede dos demais organismos congêneres e mesmo assim não sente a convicção de ter segurança em seus bens móveis e imóveis e quiçá de sua pessoa.
Os organismos do Estado do Paraná (Polícia Militar e Polícia Civil) desta cidade não dão conta da premissa constitucional paranaense de promover a incolumidade da pessoa e do seu patrimônio e da população em geral desta cidade , urgindo sejam tomadas medidas necessárias, vez que se trata de uma prestação de serviço essencial ao povo .
Daí porque se vale deste expediente para requerer os valorosos préstimos dos agentes do Órgão do Ministério Público, com atribuição nesta cidade e Comarca, sabendo que o referido Órgão é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, para lhe dar conhecimento dos fatos acima e também por acreditar que os referidos fatos e centenas de outros ocorridos nesta cidade, certamente de seu conhecimento, ultrapassam as raias de meras apurações das condutas criminais dos meliantes que incomodam e colocam em polvorosa os residentes desta cidade, para questionar se a prestação do serviço de segurança pública é a desejada, é a esperada e eficiente para a demanda posta, a ponto de gerar a sensação de bem estar”, diz trecho da representação.
“O que não se admite mais Excelência é a continuidade de se contabilizar números e números de condutas criminais que enobrecem as páginas dos jornais escritos, falados e televisados, dia após dia, meses e após meses, anos e após anos; entra governante e sai governante; entra comandante e sai comandante; entra delegado e sai delegado e a toada da insegurança em nada muda!
Portanto, reitera-se, aos agentes do Ministério Público desta cidade, o conhecimento dos fatos acima postos e lhes roga esforços desmedidos em fazer com que a prestação do serviço de segurança pública nesta cidade seja realizada de maneira a atender a demanda e gere pelo menos em seus moradores a sensação de estar fisicamente seguros e seus bens móveis e imóveis não molestados!”, conclui.

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