Mulher será indenizada após suposta fraude em teste de DNA

A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná indeferiu gratuita e não conheceu de recurso de apelação interposto pelo médico paulista Antônio José Brussolo Cunha, especialista em genética médica, mantendo assim sua condenação pela 3ª Vara Cível de Maringá.
Ele deverá pagar indenização de R$ 50 mil (valor sem correção) por danos morais a uma maringaense, que o acusou de ter fraudado um exame particular de DNA atestando que um homem não era o pai biológico de sua filha. Posteriormente, em ação de investigação de paternidade, outros exames provaram conclusivamente que o homem era mesmo o pai.
A apelação foi julgada em dezembro e o acórdão foi publicado na semana passada.
Não é a primeira vez que o médico se envolve em laudo supostamente fraudado. Ele esteve envolvido no caso do reconhecimento de paternidade de Sandra Regina Machado (1964-2006), filha de Pelé, em 1992. Brussolo Cunha apresentou um laudo dizendo que Sandra Regina não poderia ser filha do ex-jogador, o que ficou confirmado em outras perícias. O laudo informava que “os genóticos possíveis identificados excluem-no da paternidade alegada, pois os mesmos não portariam os haplotipos MS e AX-B41, que são obrigatórios como herança paterna”. Posteriormente, teste de DNA feito na Genomic Engenharia Molecular, de São Paulo, deu positivo.

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