Prefeitura diz que, para atender pedido do Sinttromar, tarifa teria que subir para R$ 3,50

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O secretário de Trânsito e Segurança de Maringá, Fábio Ribeiro, disse hoje, através de nota divulgada pela prefeitura, que para atender a solicitação do sindicato que representa os motoristas de ônibus, que quer vale alimentação para os funcionários da concessionária, a tarifa do transporte coletivo poderá chegar a R$ 3,50.
O Sinttromar está realizando assembleias, hoje e amanhã, e pode decidir pela greve.

O contrato de prestação de serviço entre a prefeitura e a empresa concessionária do transporte coletivo, segundo a prefeitura, determina que qualquer elevação de custo no transporte implica em reajuste ou revisão tarifária e repasse ao usuário. O reajuste deve acontecer sempre na data-base, em junho, quando é reavaliado o custo de transporte coletivo.
“A concessão de qualquer benefício, além daqueles já previstos, resultará no aumento do valor da tarifa, o que não seria apropriado nas atuais circunstâncias, principalmente considerando a fase atual de desaquecimento da economia e de aumento de desemprego”, justifica o secretário.
De acordo com a empresa concessionária do transporte coletivo, os funcionários já recebem uma cesta básica, que está prevista nos acordos coletivos, ou seja, já existe um benefício relativo à alimentação e tem sido aplicada uma taxa de reajuste nos salários deles de 10% ao ano desde 2011.
A prefeitura, acrescenta a nota, reconhece que a concessão da cesta básica não é motivo para impedir o pleito do sindicato quanto ao vale alimentação, mas diante da impossibilidade de se aumentar os custos do sistema, e o consequente reajuste da tarifa, não é viável agora a concessão desse novo benefício.
O secretário, que assumiu o cargo em setembro passado, também ressalta que o município sempre leva em consideração os pleitos do sindicato. Nas últimas datas-bases foram autorizados reajustes bem superiores aos níveis inflacionários (tabela acima), o que demonstra a boa vontade de reconhecer a necessidade de melhoria dos funcionários da categoria, conforme demonstração na tabela.
“Levando em conta os dados nesse período de 5 anos, os funcionários da categoria tiveram um ganho real acumulado de 15,98%”.
“A prefeitura também tem buscado encontrar alternativas para minimizar os reajustes tarifários. Uma dessas ações consiste em realizar desonerações na tarifa, promovendo ajustes no sistema operacional, como, por exemplo, redução de quilometragem.
Também estão sendo adotadas outras medidas para que o preço da passagem não seja elevado, considerando que já tem um valor representativo para os passageiros. Lembrando que a cada ano o número de passageiros vem sendo reduzido de forma significativa, fato que por si só traduz em elevação da tarifa, pois, mantido o custo do sistema, quanto menor o número de passageiros, maior é o valor da tarifa.
Por essa razão, inclusive, a prefeitura tem otimizado a quantidade de viagens e da frota operante como forma de equilibrar os custos, de maneira que o reajuste da tarifa se dê exclusivamente pela elevação natural dos custos (correção inflacionária dos preços) e não pela redução do Índice de Passageiros Quilômetros (IPK).
Somente com medidas desta natureza o município poderá manter a tarifa em níveis razoáveis, não permitindo que o valor se eleve a patamares que inviabilizem a utilização do transporte coletivo pela população usuária, geralmente com menos condições econômicas”, encerra a nota.

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