O jogo de empurra no funcionalismo público

bombeiros

“Deus é testemunha de como eu admirava o serviço do Corpo de Bombeiros, mas depois do ocorrido de hoje minha visão mudou em relação aos mesmos”, comenta leitora, cujo desabafo quem gosta de animais compreende e deve ser tornado público.
“Eu anunciei o sumiço de duas cadelas, sendo que uma delas estava com tala, cirurgia no fêmur e com colar cirúrgico. Hoje cedo constatamos que elas não haviam sumido, estavam embaixo do assoalho da casa onde mora com os donos, porém o colar havia prendido numa das vigas e ela não conseguia sair, passou a noite naquele lugar sem água, sem comida, estava acuada e rosnando”, conta. E continua:

“A filha estava junto, porém essa saía e voltava, mas a mãe não conseguia sair. Lembrei-me de um amigo que trabalha na Polícia Ambiental, liguei para ele, que me instruiu a ligar para o Corpo de Bombeiros (193). Foi aí que começou minha saga. Eles disseram que não tinha como atender esse caso e que era para eu ligar no 156 e pedir centro de zoonoses da prefeitura. Liguei, a moça me deu um número direto da zoonose que por sua fez me disse que isso não seria obrigação deles e sim dos bombeiros”.
Ela ligou novamente no 193 e o bombeiro quis passar novamente o número do centro de zoonoses. “Dessa vez ele quis me dar o número do celular para falar direto com o responsável. Eu argumentei que eles não viriam, que eu já tinha conversado com eles, que disseram que isso não é da competência deles. O atendente dos bombeiros desligou o telefone na minha cara. Eu fiquei enfurecida com a falta de educação e preparo daquele soldado. Isso não se faz com uma cidadã. Liguei e pedi para falar com seu superior e se ele não resolvesse o caso eu iria lá na unidade pessoalmente falar com o comandante. Não é possível aquilo, a cachorra poderia morrer. Ele me disse que iria mandar uma viatura, como de fato depois de muitas horas aconteceu. Somente tiraram o colar da cachorra e deixaram ela lá embaixo alegando que ela sairia sozinha e foram embora. Agora eu pergunto: existe lei que nos proteja dessas coisas? Veja como os cidadãos são tratados pelo funcionalismo público, um jogo de empurra desgraçado, um despreparo sem medida. Estamos nas mãos dos maus funcionários, descomprometido com quem e com quer que seja”.

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