Pelo fim do vice não afinado com o titular

O caso Dilma x Temer reforça minha convicção de que o sistema atual, onde os vices de prefeitos, governadores e do presidente da República são impostos por coligações arrumadas, muitas vezes sem nenhuma afinidade com o titular, precisa mudar.
Vice não pode ser, a meu ver, figura decorativa, inútil mesmo, como no caso de alguns vices nos municípios, nos estados, e na presidência, que se atuam, é fora das atribuições legais.

Penso que o vice deveria ser alguém de escolha pessoal do candidato titular do cargo e com funções definidas, obrigatoriamente. Assim o vice-prefeito seria obrigatoriamente chefe de Gabinete do Prefeito, com que trabalharia diretamente subordinado. O mesmo aconteceria com o vice-governador, que seria o chefe da Casa Civil e na Presidência da República, chefe da Casa Civil, ou com outras denominações, mas com atribuições constitucionais e necessidade de dedicação integral. O que fazem Cláudio Ferdinandi e Cida Borghetti? Legalmente são meros substitutos do prefeito e governador e com um custo alto. Com isso teríamos um cargo de confiança a menos para ser preenchido e teoricamente uma pessoa de absoluta confiança do titular, com quem este teria que conviver e trabalhar diretamente, comandando-o, sujeito a impedimento, caso traísse, digamos.
Akino Maringá, colaborador

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