Humberto Henrique calcula que coleta terceirizada custe R$ 100 milhões mais caro

Humberto Henrique

O vereador Humberto Henrique (PT) apresentou, na sessão desta quinta-feira, um estudo financeiro sobre a proposta da Prefeitura de Maringá de contratar a iniciativa privada para realizar coleta, transporte e destinação do lixo domiciliar produzido na cidade, além da limpeza e desinfecção de feiras-livres.
De acordo com os cálculos, a contratação vai custar, em cinco anos, R$ 100 milhões a mais do que a realização dos mesmos serviços diretamente pela gestão pública.
Humberto é contra a proposta de terceirização. Ele defende a gestão pública e a modernização da coleta, opções que proporcionam melhor aplicação dos recursos públicos, maior remuneração para os trabalhadores e eficiência na execução do serviço. “Com o dinheiro economizado até o final de um contrato como esse, com duração de 60 meses, é possível construir 1.500 casas populares, ou 50 postos de saúde para a população, ou 40 CMEIS”.
Pelos cálculos realizados pelo vereador, os mesmos serviços e condições que a Prefeitura pretende repassar para a iniciativa privada, através do edital de concorrência nº 016/2016, pelo valor máximo de R$ 30,4 milhões/ano, sendo público vão custar R$ 13,9 milhões/ano para a população.
Considerando que o contrato pode ser renovado por até cinco anos e uma variação média da inflação de 9% ao ano, o valor total da terceirização ao final do período passa de R$ 183 milhões, contra R$ 84,1 milhões sendo administrado diretamente pela Prefeitura.
Humberto ainda criticou o sucateamento da frota de veículos que realizam a coleta na cidade. “É o único setor da Prefeitura onde não tem ocorrido renovação,” destacou. Segundo o parlamentar, o caminhão mais novo é do ano de 2009. De um total de 24 veículos, 15 foram adquiridos antes de 2005, seis estão em uso há mais de 23 anos.
Para o vereador, esse sucateamento é a principal causa dos problemas ocorridos no serviço nos últimos anos e seria uma estratégia da Prefeitura para justificar a terceirização. (Gelinton Battista/Imprensa)

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