O custo Richa

Empresas paranaenses de diversos setores estão se mudando para outras regiões do Brasil ou até mesmo para o Paraguai, deixando um rastro de desemprego e recessão, para escapar da agressiva política tributária do governo Beto Richa (PSDB), denunciou o deputado Requião Filho (PMDB), hoje, na sessão da Assembleia Legislativa.
“A explosão dos impostos está destruindo a capacidade competitiva de inúmeros negócios que operavam no Paraná e agora, pelo tratamento hostil, passaram a buscar outros lugares”, disse o líder da oposição.

Requião Filho explicou que a arrecadação do governo paranaense com o ICMS sobre a energia elétrica cresceu 109% entre o primeiro quadrimestre de 2014 e o de 2016. No mesmo período, a arrecadação com o IPVA aumentou 111%.
“O grupo Positivo dispensou 1,4 mil trabalhadores e se mudou para Manaus. O setor de importação está migrando para Santa Catarina, enquanto que o de móveis se desloca para o Paraguai. Ao mesmo tempo, as micro e pequenas empresas passaram a sofrer com a antecipação do ICMS. A atividade de bebidas, por exemplo, está sendo massacrada com a substituição tributária”, afirmou.
Entre os três estados da região sul, o único que apresenta queda no nível de emprego no primeiro quadrimestre é o Paraná. Foram mais de mil demissões na indústria do vestuário, 400 na construção e 600 nos serviços.
Enquanto empresas migram para outras regiões, atraídas por impostos menores, ou mesmo fecham as portas, produtores rurais também passaram a sofrer com a sanha arrecadadora do governo tucano. Pequenos produtores de fumo das regiões oeste e sudoeste paranaense passaram a receber, nas últimas semanas, notificações da Secretaria de Fazenda (Sefa) para realizarem o pagamento do ICMS de vendas, imposto que já foi pago pela indústria que compra e processa do produto.
De acordo com o parlamentar, a medida é ilegal. “Por que o governo está cobrando o ICMS dos produtores, quando se sabe que o imposto é de responsabilidade das empresas que compram o fumo em folha? Esta medida está levando um clima de terror ao campo, causando prejuízos para mais de 4,5 mil famílias que dependem desta atividade econômica”. (Assessoria)

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