O perigo que vem do alto

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Além de nada contornar, das suspeitas de sobrepreço, da demora e de ter se transformado numa via tão perigosa como a avenida Colombo, o Contorno Norte, que custou quase centenas de milhões de reais, tem um péssimo traçado e alguns locais já manjados em que acontecem acidentes.
Leitor lembra que não faz muito tempo um automóvel (não era um caminhão) errou o ponto da curva, no viaduto de Sarandi, e bateu no muro de proteção lateral; o muro despencou, ficando por muito tempo um vão na proteção. Tempos depois, outro automóvel perdeu o ponto da curva, esbarrou na lateral e mais dois blocos despencaram no chão.

“Não consigo mensurar, mas tratando-se de concreto (é o que se espera pela sua função) e, pelo tamanho das peças, elas passam fácil de 0,5 tonelada cada peça. Esses blocos jamais poderiam cair. Fiquei aliviado que providenciaram uma proteção para os vãos que se abriram mas, quando fui checar de perto, observei que colocaram uns sarrafos! Não acreditei”, conta o leitor.

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“Se fosse um país sério, esta obra estaria embargada. Já que gastaram um vultuosa quantia de dinheiro público e não tem como retornar para os cidadãos, deveriam pelo menos colocar radares para limitar a uma velocidade segura para os que ali trafegam em cima e principalmente embaixo deste viaduto. Se esta peça cair em cima de um carro seguramente não haverá sobrevivente pois o teto dos carros não foram projetados para peso vertical. Os dois esbarrões foram automóveis, pois se fosse um caminhão ele cairia junto com os blocos. Será que os homens públicos aguardarão uma tragédia para agir?”, pergunta.

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