Silvio mente sobre o ambiente de terra arrasada que diz ter herdado

Silvio Barros

De Messias Mendes:

No primeiro turno o candidato Silvio Barros disse várias vezes no programa eleitoral e repetiu nos debates, que pegou do PT em 2005 uma Prefeitura quebrada, com salários atrasados, etc.
Estranhamente o PT não respondeu, nem no horário eleitoral do seu candidato Humberto Henrique e nem nos debates em que Humberto esteve frente a frente com Silvio. Não debito essa a falta de reação ao candidato, porque ele nem fez parte da administração enxovalhada por Barros. Mas acho que faltou à cúpula do partido rebater as acusações infundadas, até como respeito à memória de Zé Cláudio.

Agora no início da propaganda do segundo turno, Silvio volta a atacar , acrescentando outras inverdades à mentira já dita. Dessa vez ele fala de boca cheia que asfaltou todos os bairros do perímetro urbano de Maringá (quanta pretensão!) e pinta um quadro de terra arrasada, herdado do governo de José Cláudio e João Ivo Caleffi.
João Ivo, claro, não teria espaço para defender a si e ao Partido dos Trabalhadores não fosse via Humberto Henrique no horário eleitoral. Muito menos terá espaço agora, o que dá a Silvio a possibilidade de exaltar sua primeira gestão, como a que chegou para salvar Maringá do caos econômico. Conheço mais ou menos a situação deixada por João Ivo, eleito vice-prefeito de Zé Claudio e que assumiu o cargo de prefeito com o falecimento do titular.
Para não cometer nenhuma impropriedade, decidi ligar para o João e me informar melhor sobre a verdadeira situação em que estava a Prefeitura quando transmitiu o cargo de prefeito a Silvio Barros em primeiro de janeiro de 2005. João Ivo que, faço questão de ressaltar, é um cidadão de bem, acima de qualquer suspeita. Saiu da da Prefeitura tão pobre quanto entrou. Lembra ele:
“Deixamos o salário dos servidores em dia, pagando o 13o. adiantado. Inclusive dei aumento salarial. Deixei as contas da Prefeitura em dia, com dinheiro em caixa, sem fazer nenhuma dívida. Tudo o que fizemos de obras e foram muitas, foi com recursos próprios. Pagamos muitas dívidas do passado, sem fazer dívida nova. Pegamos o orçamento do município em R$ 180 milhões e entregamos em 2005 em R$ 340 milhões, sem aumentar impostos , só cobrando dos ricos que não pagavam há muito tempo. Asfaltei em 2004 sete bairros com dinheiro do Paraná Urbano, do Requião. Os bairros asfaltados: Tarumã I, Batel , Oasis, Solo Rico em Iguatemi, terminamos Alvorada III, asfaltamos o São Francisco, o Jardim Continental e fizemos galerias pluviais no Santa Terezinha em Iguatemi , além de asfaltar algumas ruas daquele distrito”.
Em nome da verdade histórica, não posso deixar de lembrar que Zé Cláudio e João Ivo, eles sim, pegaram uma prefeitura financeiramente arrasada pelo esquema de corrupção Jairo-Paolichi.
Acho que o Silvio Barros II tem todo o direito de criticar seus antecessores, mas o que não tem direito, nem ele e nem candidato nenhum, é mentir desse jeito. Que ele faça suas propostas mirabolantes, mas que pelo menos respeite a verdade histórica, respeite ao menos a memória do Zé, que se estivesse vivo, com certeza não deixaria barato essas críticas infundadas.

Advertisement
Advertisement