O jogo rasteiro começou

Guarnieri

Ao contrário do que a propaganda de Silvio Barros II (PP) tenta sugerir, nunca houve condenação de Ulisses Maia (PDT) em relação ao esquema Paolicchi ou qualquer outra irregularidade da administração de Maringá.
Isso pode ser confirmado por qualquer pessoa ao se retirar uma certidão negativa na Justiça Estadual ou Federal de Maringá. Aliás, lembre-se que Paolicchi foi promovido a secretário de Fazenda por Ricardo Barros (PP), hoje ministro da Saúde e coordenador da campanha do irmão mais velho.

Um observador da cena política local, e que acompanhou de perto os fatos envolvendo o ex-secretário de Fazenda assassinado há alguns anos, lembra que o candidato do 11, que agora acusa Ulisses de ter se beneficiado do esquema Paolicchi, o escolheu durante o seu mandato para ocupar uma secretaria e o manteve no cargo público por vários anos.
O que mudou daquela época para agora? Por que isso não foi apontado na campanha do primeiro turno?
Por que um fato supostamente ocorrido há cerca de 20 anos só voltaria à tona nos últimos dias desta campanha eleitoral?
A gestão Silvio Barros II, nos seus 8 anos, não fez absolutamente nada em relação ao esquema Paolicchi. Pelo contrário, sempre teve uma posição crítica à atuação do Ministério Público.
O esquema Paolicchi só foi efetivamente descoberto nas vésperas da eleição de 2000. Mas, conforme as acoes propostas pelo MP, teve inicio na gestão Ricardo Barros e teve continuidade nas gestões Said Ferreira e Jairo Gianoto. Nesse período, a cidade contou com mais de 60 vereadores (a Câmara tinha 21 vereadores por legislatura), ou seja, por que apenas Ulisses seria o único  responsável pela fiscalização do município? Outros vereadores da época que agora apoiam Silvio Barros, como por exemplo Bravin e Mário Hossokawa (PP), não tinham responsabilidade? Eles não são repudiados pelo candidato pepista?

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