Três policiais rodoviários foram presos pela PM em Maringá, Colorado e Nova Esperança

Três policiais militares e dois policiais civis foram presos hoje no Paraná, acusados de exigir propina de contrabandistas de cigarros.
Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa, foram cumpridos em Ponta Grossa, Curitiba, Maringá, Nova Esperança e Colorado.

As investigações da Operação Meqhane, que tiveram início em setembro de 2016, apuram os crimes de concussão (exigência de dinheiro ou vantagem indevida em razão da função) e de organização criminosa. O grupo abordava contrabandistas de cigarros nas rodovias da região de Ponta Grossa e exigia o pagamento de propina para a liberação das cargas. Foram aproximadamente cinco meses de levantamentos feitos pelo Serviço Velado do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM). A operação conjunta partiu do 1º BPM, com apoio do Serviço Velado da própria unidade, do BPRv e com apoio da Corregedoria Geral da PM (CoGer).
Em nota divulgada nesta tarde, a Polícia Militar do Paraná esclareceu que a investigação que levou à prisão de três policiais militares foi realizada pelo Serviço Reservado do 1º Batalhão de Polícia Militar de Ponta Grossa e que os PMs presos pertencem ao Batalhão de Polícia Rodoviária. As prisões aconteceram em Maringá, Colorado e Nova Esperança. Outros dois policiais civis foram presos em Curitiba.
Os policiais presos são dois cabos, com 19 e 31 anos de experiência e um soldado de 20 anos. Na casa de uma pessoa ligada aos policiais, foram apreendidos quase R$ 16 mil em dinheiro, mais de R$ 530 mil em cheques e R$ 95,7 mil em notas provisórias. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.
“A PM esclarece que as informações sobre os policiais militares suspeitos, desde o início, foram produzidas pela própria Polícia Militar, que solicitou os mandados. Depois disso, tão logo foi informada sobre a emissão dos mandados de prisão preventiva, a Polícia Militar cumpriu-os nesta manhã. A partir de agora, todas as demais providências de ordem administrativo-disciplinar estão sendo adotadas na forma legal e regulamentar em relação aos militares estaduais em questão.
Importante ressaltar que a Corporação, para qualquer situação denunciada, busca a elucidação de todos os fatos, e, se restar comprovada responsabilidade para qualquer um dos policiais militares, os instrumentos adequados de saneamento são adotados, na forma legal, sendo respeitados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, para qualquer militar estadual.
Respeitado o devido processo legal, a PMPR não compactua com qualquer tipo de desvio de conduta. Inobstante a esta ação, concomitantemente a PMPR está avaliando a repercussão ético e moral da conduta dos militares em questão em face dos fatos apontados”, informa a nota.

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