A filha que você queria ter

Heloísa

De Paulo Briguet, na Folha de Londrina:

Imagine que você e a pessoa amada recebem a notícia de que serão pais dentro de alguns meses. Que tipo de futuro você sonharia para esta criança? É bem provável que você ficasse feliz se, alguns anos depois, tivesse como filha uma jovem inteligente, estudiosa, confiável, fiel a sólidos princípios morais.

Uma jovem amante da verdade, da beleza e da justiça. Uma jovem que, inspirada pelo exemplo do próprio lar, sonhe em formar uma bela família, sem prejuízo de uma carreira profissional bem-sucedida. Uma jovem que repudie falsos deuses como a promiscuidade sexual, a escravidão das drogas e a cultura da morte. Uma jovem que, ao ser chamada de “careta”, “reacionária” e “fascista”, respondesse citando um pensamento atribuído a Chesterton: “Cada época é salva por um punhado de pessoas que têm a coragem de não ser atuais”.
Pois essa moça existe. Há cerca de um mês foi eleita presidente do DCE da Universidade Estadual de Maringá. Seu nome é Heloísa Nascimento, tem 17 anos, cursa o primeiro ano de Direito, e agora foi aprovada também em Medicina. Eis a filha que todos nós gostaríamos de ter em nossas vidas.
Talvez você tenha uma jovem assim em casa, ou uma criança que vai se tornar tal jovem. Graças a Deus, os bons filhos e filhas continuam nascendo, crescendo e fazendo o bem para a comunidade humana. Apesar da poderosa guerra internacional que se trava contra a instituição familiar, o lar ainda é o lugar dos maiores tesouros do mundo; os outros são a biblioteca e a igreja. Heloísa veio dos três.
Mas não é que a Heloísa está sendo alvo de pesados ataques em redes sociais, apenas porque teve a coragem de dizer o que pensa? Seu “crime” é ser católica, boa aluna, defensora da família e do casamento tradicional. Seu “crime” é defender uma universidade em que todas as correntes ideológicas possam participar dos debates públicos, não apenas os partidos esquerdistas. Seu “crime” é acreditar na busca pelo conhecimento e no valor da alta cultura, não em militância ideológica travestida de educação. Seu “crime” é promover a defesa da mulher e dizer não ao feminismo radical. Seu “crime” é defender as crianças não nascidas e não confundir apologia do aborto com a liberdade feminina. Seu “crime”, enfim, é não ser a idiota útil, nem a militante patética, nem a massa de manobra que os movimentos esquerdistas gostariam que ela fosse.
Heloísa, você não está sozinha. Aí em Maringá, aqui em Londrina e em todo o país, inclusive no ambiente universitário, há inúmeras Heloísas igualmente corajosas e que refletem o modo de pensar na maioria absoluta da população. Acontece que a minoria de extrema-esquerda – desesperada com a perda do poder central, perplexa com as revelações da Lava Jato, perdida com a rejeição popular – não esperava o surgimento de lideranças tão talentosas e autênticas quanto você. Tudo que eles podem fazer agora é dar piti na rede social.
Boa sorte, Heloísa. Você tem um belíssimo futuro pela frente. Que Deus a abençoe em sua missão. #somostodosheloísa

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