Furlan aproximou Moro e Karnal

Moro-Furlan-Karnal

Esta foi, com certeza, a foto que mais agitou a internet brasileira no final de semana.
Mostra os maringaenses Sergio Moro e Anderson Furlan, ambos juízes federais, e o historiador e professor Leandro Karnal.

Foi Karnal quem a publicou no Facebook, apagando-a depois de receber muitas críticas de seus seguidores, já que ele é visto como uma referência para militantes de esquerda.
Foi Furlan, da 5ª Vara Federal de Maringá, quem aproximou os dois, até então, opostos. Na postagem, Karnal chamou os dois juízes de “bons amigos” e que discutiram a possibilidade de “projetos futuros”. “Amo ouvir gente inteligente”, acresentou.
O historiador confirmou que foi Furlan quem promoveu o encontrou. “Sou amigo do juiz Furlan há algum tempo. Temos chance de encontros por este país e ele, muito culto, autor de muitos livros e também autor de coluna para grande público no jornal Metro e Gazeta do Povo, ensina-me muito. Ele é próximo ao juiz Moro e sugeriu um encontro entre nós quando eu estivesse em Curitiba”.
No Facebook, Karnal também escreveu: “Lamento a polarização no Brasil e lamento o clima que, por poucas explicações minhas, causei. Tomarei mais cuidado e desculpo-me por isto. Quando eu tiver encontros com outras autoridades e pessoas de referência, prometo, guardarei para mim e pra meu debate interno. O momento brasileiro é estranho e há uma vontade nacional de crucificar”.

O jornalista André Gonçalves, da Gazeta do Povo, no artigo intituçado “Jantar de Moro com Karnal comprova: os moderados estão fora de moda”, considera que nesta época de extremos quem sai prejudicado é o debate democrático. E encerra: “Enquanto os extremistas se digladiam, os moderados ficam com a conta”.
Para Luciano Ayan, depois do encontro Karnal ficou ainda mais perigoso para a direita. Para ele, adepto da extrema-esquerda, o pensador representa um risco para a direita. “O risco é que uma parcela mais ingênua da direita se deixe seduzir pelas enrolações de Karnal”, observou no site Ceticismo Político.
Para Rodrigo Constantino, “o Brasil tem o “intelectual” que merece. Um covardão cheio de frases de efeito vazias no conteúdo, que banca o guardião da ética enquanto só faz aliviar a barra dos maiores criminosos com seu relativismo, e que não aguenta sustentar a independência de ter uma simples foto com o juiz mais famoso do país, adorado pela imensa maioria por executar seu trabalho de forma corajosa e independente. É esse o guru das elites! Preciso explicar o fracasso do experimento chamado Brasil?”.

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