Controlados à distância

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Mesmo à distância – ele está em Israel, onde fica até a próxima semana -, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), mostrou hoje que manda na maioria dos vereadores de Maringá.

Por 10 votos a 4, o veterano Belino Bravin (PP) ocupará a vaga aberta por Flávio Mantovani (PPS) na CPI do Terminal Intermodal de Maringá, maior obra pública em andamento na cidade.
O vereador Mário Verri (PT) disputou com Bravin.
Ricardo Barros telefonou aos vereadores a que tem acesso e – escolha, leitor – ( ) ordenou ( ) solicitou ( ) pediu encarecidamente que votassem em Bravin. O dono da Sial, que constrói o terminal, é amigo de Ricardo e do ex-prefeito Silvio Barros II (PP).
Para justificar a escolha por Bravin alguns vereadores culparam as pessoas que estiveram acompanhando a sessão da galeria. Era um grupo ligado ao PT e que defendeu uma moção contra a reforma previdenciária – o que chegou a ser aprovado pelos vereadores.
O público vaiou o vereador Homero Marchese (PV) e durante seu discurso ficou de costas para ele.
O resultado da obediência canina da maioria dos vereadores mostra que o Legislativo mudou, mas não mudou tanto assim.

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