Operação Arquivo, o Caso Sinax

Sinax-Gaeco

A Operação Arquivo levou a Prefeitura de Maringá a enfrentar algumas dificuldades, já que boa parte do trâmite burocrático na máquina administrativa hoje passa pela Sinax, alvo da ação policial.
O blog soube que a Sinax, que tem sede no Rio de Janeiro, tem afinidades com o Paraná.

Foi trazida para Maringá pelo hoje ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a gestão do seu irmão Silvio Barros II. Na ocasião já havia um termo de referência desse projeto direcionado para a empresa Elf, de Maringá. Com a chegada da Sinax, e sob as ordens do hoje ministro da Saúde, o termo de referência foi ajustado para a nova empresa vencer. A Sinax chegou a subcontratar alguns serviços da Elf, na época sob a gestão de Ederson Freitas e de Alexandre Populim, este atualmente gerente da Sinax, e que chegou a ser preso na operação por causa de uma arma encontrada durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.
Ainda segundo fonte do blog, na administração de Silvio Barros II o então secretário de Administração José Roberto Ruiz, ex-prefeito de Floresta, era responsável por atender às necessidades da empresa e, após a sua saída, na gestão de Carlos Roberto Pupin, o secretário Gilton Bonneau assumiu a relação com a Sinax.
Nesse contrato com a Prefeitura de Maringá, além de outras irregularidades, a Sinax cobraria ilegalmente a armazenagem de documentos que estão fisicamente armazenados nas dependências da própria prefeitura. Um absurdo: cobrar pela armazenagem que está sendo realizada em barracão da própria prefeitura. O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público pelo então vereador Humberto Henrique, que em entrevista à Jovem Pan (abaixo) contou como soube das denúncias de irregularidades:

É senso que, com os valores já pagos em todos esses anos a prefeitura já poderia ter comprado ou contratado o desenvolvimento de vários sistemas semelhantes. Na prática, apesar dos gastos de R$ 21 milhões, o município de Maringá, por exemplo, não é dono de nada na gestão pública contratada.
Hoje, o caso vai além da esfera do patrimônio: virou crime federal com a descoberta de que, no final da gestão Pupin, foram utilizados valores carimbados da área da saúde para pagar a Sinax, por serviços (milhares de digitalizações) que não teriam sido realizados.

Piquet

O dono da Sinax é Ricardo Piquet (foto), dono do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), associação privada que mantém contratos sem licitação para administrar bibliotecas e museus. A Sinax também tem contrato milionário com a Prefeitura de São José dos Pinhais e em Pernambuco, terra natal de Piquet, comanda por exemplo a gestão do Tribunal de Justiça.
Ex-presidente da Fundação Vale, ele é o atual presidente do Museu do Amanhã no Rio de Janeiro. (Foto: Museu do Amanhã)

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