Foram imprevidentes

Casamento

Ainda sobre a confusão no casamento da deputada Maria Victória, li no blog da Claudia Matarazzo, especialista em etiqueta e comportamento, uma postagem com o título “A noiva pediu os protestos em seu casamento”. Em resumo: ‘A noiva, Maria Victoria Barros, além de deputada estadual, é filha do ministro da Saúde Ricardo Barros e da vice-governadora do Paraná Cida Borghetti. Deviam ter pensado melhor…

Ora, viajo o país inteiro falando sobre eventos e casamentos. No Brasil, por conta da crise e também de uma bem vinda onda de bom senso, os casamentos há alguns anos vem sendo celebrados com apenas amigos e familiares: 80, 100, no máximo 300 convidados – quando a família é realmente imensa e tem muitas posses. (…)
E um mínimo de compostura é necessária! A mãe da noiva, declarou que era uma festa familiar. Para 1.200 familiares? Nos poupe.Nada justifica uma família há 3 gerações na política exibir tamanha falta de sensibilidade. O pai Ministro de uma área essencial e carente como a Saúde há pouco tempo declarou que o “brasileiro faz muito exame” – inferindo que fazemos isso porque gostamos e com isso oneramos o sistema…A própria noiva, (com direito a sonhar sim), não enxerga o que está acontecendo no país? Acha normal ostentar esse tipo de gasto com símbolos ostentação como paredão de rosas, 12 candelabros de cristal gigantes e um bolo de 6 andares?! Lamento mas não importa se o dinheiro é da família, legítimo e ganho através do próprio trabalho. Na vida pública é preciso, além de honestidade, decoro. Que ali, passou longe.Faltou respeito ao próximo e saber se conduzir de acordo com o momento. Daí os protestos – igualmente legítimos. Desejo a Maria Victória que seja feliz em sua vida privada. Mas não confiaria meu voto a ela. É simples assim.

Meu comentário (Akino): Não acredito que a noiva pediu os protestos, mas que ela se seus pais foram imprevidentes, isso foram. Eu não protestaria da forma que aconteceram os protestos, mas não chegaria a ponto de censurar os que protestaram, ainda que possam ter exagerado na dose. Mas sinto, como eles, como alguém de pagou a festa, indiretamente, sem pedir, uma vez que calculo que nos dois e meio de mandato o custo para o contribuinte, entre salários e encargos e pagamentos de assessores, é estimado em R$ 2,5 milhões. Este seria o custo médio de cada deputado estadual no Paraná. E o resultado? Será que se pagaram?
Akino Maringá, colaborador

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